OMS desmente que o TEA esteja ligado ao uso de paracetamol e de vacinas - FRONT SAÚDE

OMS desmente que o TEA esteja ligado ao uso de paracetamol e de vacinas

Imagem: Shutterstock

   

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (23), que não há evidências científicas que comprovem a relação entre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o uso de paracetamol, também conhecido por acetaminofeno.

A declaração foi feita após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionar publicamente na segunda-feira (22/9) que o uso de Tylenol, marca popular de paracetamol, poderia elevar as chances de autismo, caso consumido durante a gravidez. Ele também associou a vacinação infantil à condição, disse que os bebês receberam muitas doses de vacinas.

O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, afirmou que “embora haja alguns estudos observacionais que tenham sugerido uma possível associação entre a exposição pré-natal ao paracetamol e o autismo, as evidências permanecem inconsistentes”, disse aos repórteres em Genebra.

O porta-voz alertou ainda que os medicamentos devem sempre ser usados com cautela durante a gravidez, especialmente nos primeiros três meses, porém ele afirmou que a falta de replicabilidade exige cautela ao tirar conclusões causais sobre o papel do paracetamol no autismo.

“É importante que as mulheres continuem a seguir os conselhos de seus médicos ou profissionais de saúde, que podem ajudar a avaliar as circunstâncias individuais e recomendar os medicamentos necessários”, relatou ele.

A OMS rejeitou as duas alegações. “As vacinas não causam autismo. Elas salvam inúmeras vidas e sua segurança está bem documentada pela ciência”, disse Jašarević em entrevista coletiva em Genebra.

A agência também destacou que declarações sem base podem causar insegurança na população e dificultar as ações de saúde pública, principalmente no que diz respeito à vacinação, que é fundamental para evitar doenças graves.

Fonte: Anadodolu Agency