Os cuidados com a saúde mental da população são um dos principais desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Estratégias de cuidado para depressão, adotadas na atenção primária, não apenas podem aliviar o sofrimento humano, mas também trazer uma economia significativa para o Brasil. Um estudo realizado pela ImpulsoGov, organização sem fins lucrativos que apoia a gestão pública, revelou dados surpreendentes.
Com uma estimativa alarmante de 8,755 milhões de novos casos de transtornos depressivos em adultos a cada ano, os custos associados a esses casos são igualmente preocupantes. O estudo identificou que o custo médio de tratamento por pessoa está em torno de R$ 6.725,10, considerando despesas com internações, medicamentos e terapias. Além disso, a perda de produtividade devido à depressão resulta em um impacto adicional de aproximadamente R$ 33 mil ao ano por paciente.
A intervenção precoce é fundamental para mitigar os efeitos adversos dos transtornos mentais. O estudo da ImpulsoGov sugere a implementação de um tratamento precoce utilizando o Acolhimento Interpessoal (AIP), conduzido por profissionais de saúde da atenção primária, como enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Esse tratamento de nove semanas pode representar uma economia significativa para o país.
Apesar dos investimentos necessários para adaptar os serviços de atenção primária, o estudo aponta que cada real investido pode resultar em um retorno de R$ 5,03, em termos de economia com o custo social da depressão. No total, mais de 64 bilhões de reais poderiam ser poupados, destacando a eficácia e o impacto positivo do tratamento precoce.
A saúde mental também é uma questão premente no ambiente de trabalho. Transtornos como depressão, ansiedade e síndrome de Burnout estão se tornando cada vez mais comuns, sendo responsáveis por um número significativo de licenças médicas. No entanto, o estigma em torno da saúde mental ainda persiste, impedindo muitas vezes o acesso ao tratamento adequado.
Antonio Martin, CEO da RHMED, destaca a importância de combater o estigma e o desconhecimento, relacionados à saúde mental no ambiente corporativo. É fundamental que as empresas adotem uma abordagem multidisciplinar, acolhendo e tratando os colaboradores de forma holística. A saúde mental dos funcionários deve ser uma prioridade, não apenas para o bem-estar individual, mas também para o desempenho e a produtividade organizacional.
Dados alarmantes sobre a saúde mental no Brasil destacam a urgência de intervenções eficazes. Tanto no âmbito do sistema de saúde quanto no ambiente de trabalho, é essencial investir em estratégias de prevenção e tratamento. A conscientização, o apoio e a acessibilidade aos serviços de saúde mental devem ser priorizados para construir uma sociedade mais saudável e resiliente.
Fonte: Futuro da Saúde e Saúde Business
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