Linha de Frente

Nova variante da Covid-19 preocupa e 69 milhões de brasileiros não tomaram dose de reforço

Nesta sexta-feira (11), o Ministério da Saúde informou que mais de 69 milhões de brasileiros não foram para os mais de 38 mil postos de vacinação espalhados no país para tomar a terceira dose da vacina contra a Covid-19, conhecida como dose de reforço. Os dados foram divulgados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa informação do governo veio junto com outras notícias. A nova onda de contágio que está acontecendo no Brasil acompanhado do aumento de internações em UTI, junto da quantidade de resultados positivos em teste realizados em rede privada e a preocupação com a nova variante do vírus que apareceu no mundo.

A nova onda de contágio veio pelo boletim divulgado pelo ministério, onde foram registrados 18.622 novos casos de contaminação em apenas 24 horas da sexta-feira e que no mesmo período foram confirmadas 49 mortes em decorrência do vírus. Mas que felizmente, no total, 34.115.188 pessoas se recuperaram da doença e que 104.354 casos ainda estão sendo monitorados.

Já o novo vírus da Covid-19 que foi encontrada aqui no Brasil e que tem preocupado a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é a subvariante da ômicron, nominada como BQ.1. Essa variante já foi detectada no Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e em São Paulo, onde ocorreu uma morte. E no mundo ela já foi identificada na Europa e nos Estados Unidos.

Com sintomas parecidos como dor de cabeça, tosse, dor de garganta, quadro febril, perda de olfato e paladar. O que se sabe sobre essa nova variante é que ela tem uma alta taxa de transmissão e que ela pode driblar os imunizantes utilizados no programa de vacinação. Mas isso não significa que as vacinas não funcionem, pelo contrário. É o esquema de vacinas que faz com que o nosso sistema imunológico esteja preparado da melhor forma para proteger o nosso corpo dessas variantes e que, se tivermos sintomas, sejam brandos e não haja risco de vida.

Com a nova onda de casos de Covid, as universidades brasileiras em Brasília, e nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tem recomendado para seu corpo docente e estudantes que voltem a usar as máscaras dentro das instituições, principalmente dentro de sala de aula. Já São Paulo e Campinas determinaram obrigatoriedade o uso das máscaras dentro dos ambientes das suas universidades.

Por ser uma variante recente no Brasil, a epidemiologista Ethel Maciel cita que “segundo dados de outros países, essa variante ômicron não é de maior gravidade”. Por isso a recomendação da SBI é que as pessoas voltem a usar a máscara como medida de proteção, principalmente os idosos e imunossuprimidos, e que é extremamente importante a população completar o esquema de vacinas.

A primeira dose de reforço é recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade e deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. Atualmente o PNI está focado na vacinação de crianças na faixa etária de 6 meses a 2 anos e 11 meses de idade e que tenham alguma comorbidade. E 12 estados já aplicam 5ª dose da vacina contra Covid em algumas cidades, sendo que o público prioritário são as pessoas imunossuprimidas.

Romeu Lima

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