O World Mosquito Program (WMP), traduzido para o português como “Programa de Mosquitos no Mundo”, se trata de uma iniciativa internacional que não tem fins lucrativos e tem o intuito de proteger as pessoas, globalmente, contra os mosquitos.
A iniciativa, que começou no Norte da Austrália, em 2011, hoje está em 12 países. No Brasil, o método é guiado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e financiado pelo Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais, e já está presente no Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Campo Grande (MS), belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE).
Para entender melhor sobre o método, é importante saber que, de acordo com a Fundação Fiocruz, a Wolbachia é uma bactéria presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não está presente no Aedes aegypti.
O que é o Método o Wolbachia?
De acordo com o Programa de Mosquitos no Mundo Brasil (WMP), o Método Wolbachia se trata da liberação do Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, com o intuito de criar uma nova população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Não há nenhuma modificação genética no Método Wolbachia do WMP, seja no mosquito ou na bactéria.
A infectologista Vanessa Santos esclarece que o método é considerado eficaz no combate de doenças causadas pelo Aedes aegypt. “O método tem mostrado resultados positivos nos país inteiro como uma ferramenta de controle para reduzir a transmissão de arboviroses, dentre elas, a principal, a dengue”, comenta a médica.
Além da dengue, o método também ajuda a inibir doenças como a Zyka, Chikungunya e febre amarela. A Fiocruz confirma a eficácia do método Wolbachia apontando que no Brasil, em 2021, houve redução de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde o método foi aplicado.
O WPM Brasil libera os Aedes aegypit com Wolbachia por meio de duas formas: soltando mosquitos adultos e utilizando o Dispositivo de Liberação de Ovos (DLO), que pode ser feita de carro ou a pé pela equipe atuante, que monitora os locais onde é feita a liberação.
Apesar do método ser eficiente, a infectologista lembra a importância de continuar com as formas de prevenção contra a dengue. “Segundo o InfoDengue Fiocruz, desde janeiro, o Brasil registrou mais de 700 mil casos de dengue, superando o total de casos de 2021. Nesse cenário, medidas de proteção são essenciais, sejam elas individuais, dentro dos domicílios, ou coletivas. Prevenir ainda é o melhor remédio”, destaca.
Para esse trabalho, é importante que a população esteja engajada no método, por isso, a equipe do WPM Brasil em parceria com os municípios parceiros explicam para a comunidade como funciona o método Wolbachia. Além disso, é instalado um comitê para acompanhar as ações que estão feitas no local. Ao fim, é feita uma pesquisa de opinião pública para saber sobre a aceitação das pessoas e se elas entenderam sobre o método Wolbachia.
Segundo o WPM Brasil, quando identificado o Aedes aegypti com Wolbachia, já não é mais necessária a soltura destes mosquitos, por isso, é considerado um método autossustentável.
Foto: World Mosquito Program Brasil
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