Um único comprimido. Para pessoas que enfrentam o desafio do vírus HIV (imunodeficiência humana), uma nova terapia medicamentosa está tornando suas vidas consideravelmente mais convenientes. Esta inovação farmacêutica combina dois antirretrovirais, ambos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – a Lamivudina e o Dolutegravir.
Essa combinação medicamentosa está proporcionando uma solução eficaz para minimizar a falta de adesão ao tratamento, eliminando a necessidade de múltiplos medicamentos tomados em várias doses diárias. Além de simplificar o regime de tratamento, essa terapia permite um cuidado contínuo ao longo da vida e mantém a carga viral sob controle.
O Dovato, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está programado para ser introduzido no Brasil no final deste ano, atualmente em fase final de licitação e distribuição.
O Dr. Ronaldo Campos Hallal, infectologista da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e do Hospital Mãe de Deus, explica que a lei 9.313 de 13 de novembro de 1996, estabelece a distribuição gratuita de medicamentos para portadores de HIV e pacientes com AIDS, garantindo acesso a todos os tratamentos necessários. “Os protocolos são periodicamente atualizados, mas desde 2017 não houve mudanças significativas.”
Uma equipe de especialistas na área, associada ao Ministério da Saúde, e organizada em comitês, está propondo a implementação desta terapia única. Eles têm em mente uma série de benefícios, como melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento, reduzir o abandono do tratamento e controlar doenças oportunistas, incluindo a tuberculose.
Durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em Salvador (BA), no mês passado, o Dr. Hallal destacou a evolução na abordagem do tratamento do HIV. “Anteriormente, era comum que os pacientes tivessem que tomar cerca de 10 comprimidos por dia, mas com essa mudança, agora é apenas um.”
Fonte: Estado de Minas
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