Mulheres com endometriose vão ter duas novas opções de tratamento de base hormonal para a doença, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. Ambos foram recentemente adicionados à rede pública depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Saúde, o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e figura como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. “A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.”
E o desogestrel?
Conforme a pasta, pode reduzir a dor e dificultar a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, e assim impede o crescimento do endométrio fora do útero, e que deve ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames.
Como funciona a inserção do dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG)?
Ele é um método contraceptivo de longa duração que consiste em um pequeno dispositivo em forma de T que é inserido no útero por um profissional de saúde.
O procedimento é rápido e pode causar algum desconforto leve, mas geralmente é bem tolerado. Ele tem duração média de cinco anos.
Funcionamento:
- O DIU-LNG libera uma pequena quantidade de levonorgestrel diariamente, que ajuda a:
- Reduzir o crescimento do tecido endometrial fora do útero.
- Diminuir a perda de sangue menstrual.
- Aliviar os sintomas da endometriose.
Já o Desogestrel, é uma progestina eficaz, atua espessando o muco cervical, dificultando o acesso dos espermatozoides ao óvulo, e também inibe a ovulação, o que pode ajudar indiretamente no controle da endometriose.
O Ministério da Saúde também informou no comunicado, que para receber os métodos na rede pública de saúde, é necessário ter a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose.
Fonte: Agência Brasil
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