O medicamento rituximabe, que já consta na rede pública de saúde com outras indicações de uso (artrite reumatoide e linfomas não-Hodgkin-m, linfoma de grandes células B e linfoma folicular), foi incorporado também para pacientes com leucemia linfocítica crônica. O tema foi apresentado na 120ª Reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), após retorno da consulta pública. A tecnologia foi avaliada pela Conitec associada à quimioterapia com fludarabina e ciclofosfamida (FCR) para o tratamento de primeira linha da leucemia linfocítica crônica.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) foi o demandante e elaborador do relatório de recomendação apresentado à Conitec, com foco em ampliar o uso do rituximabe associado à fludarabina e ciclofosfamida.
A LLC ocorre quando os linfócitos B passam a se reproduzir de forma acelerada e desordenada e perdem sua função.
O diagnóstico é estabelecido por meio de exames de sangue, a fim de contar e identificar células anormais do sangue e observar quais tipos de células estão presentes na amostra analisada.
Em comparação aos pacientes que receberam apenas fludarabina e ciclofosfamida (FC), disponíveis como tratamento de primeira linha no SUS, o uso da FCR aumentou o tempo de vida dos pacientes, com períodos livres de sintomas e sem agravo da doença.
Na Perspectiva do Paciente, quando o usuário do SUS apresenta um relato na reunião da Conitec sobre a experiência de viver e/ou conviver com as mais diversas condições de saúde, confirmou-se o que foi observado na literatura. O participante relatou que teve evento adverso, como a perda de neutrófilos, mas ao fim dos seis ciclos já estava estabilizado e com a LLC em remissão.
Em resumo, observou-se que a associação de fludarabina, ciclofosfamida e rituximabe (FCR) pode trazer benefícios clínicos em termos de aumento de sobrevida para pacientes com LLC em primeira linha de tratamento.
Fonte: Ministério da Saúde
Foto: Fiocruz
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