Marcos Pasquim: tive síndrome do pânico em novela e minissérie
Ator Marcos Pasquim e a apresentadora Cissa Guimarães no programa Sem Censura
Ator Marcos Pasquim e a apresentadora Cissa Guimarães no programa Sem Censura

Marcos Pasquim: tive síndrome do pânico em novela e minissérie

O renomado ator Marcos Pasquim abriu o jogo sobre uma batalha silenciosa que travou nos bastidores de suas icônicas produções televisivas. Em uma revelação sincera durante uma entrevista no programa Sem Censura, da TV Brasil, nesta segunda-feira, 29, Pasquim compartilhou sua experiência desafiadora ao enfrentar a síndrome do pânico durante as gravações da novela Kubanacan e da minissérie O Quinto dos Infernos, ambas obras de destaque da Rede Globo.

LIDANDO COM DESAFIOS NOS BASTIDORES

“Eu fiz Kubanacan inteiro com síndrome do pânico. Na metade de O Quinto dos Infernos eu tive crise de pânico. Eu me tratei, fiquei quatro anos tomando remédio. Depois eu fui desmamando dos remédios e hoje eu não uso mais nada. Mas foi por causa do excesso de trabalho. A gente trabalhava demais. Era muita coisa”, revelou Pasquim, evidenciando os desafios emocionais enfrentados durante esses períodos intensos de produção.

A coragem de Pasquim em compartilhar sua jornada de superação lança luz sobre a realidade muitas vezes oculta dos artistas, destacando os custos emocionais do ritmo acelerado e das demandas implacáveis da indústria do entretenimento.

IMPACTO DO EXCESSO DE TRABALHO E ESTRESSE

Questionado sobre os possíveis fatores que contribuíram para seu estado emocional, Pasquim apontou para um conjunto de pressões: “É tudo junto. Foi um período de muito trabalho e estresse”. A exposição constante aos holofotes, somada às exigências da profissão, desencadeou um cenário desafiador para o ator.

KUBANACAN: UMA OBRA DE REFERÊNCIA

Kubanacan, novela transmitida pela Rede Globo entre 2003 e 2004, conquistou o público com sua trama cativante e atmosfera única. Sob a pele do protagonista Esteban, Marcos Pasquim mergulhou em um enredo repleto de mistérios, reviravoltas e humor, conquistando o carinho dos telespectadores.

ENTENDENDO O TRANSTORNO DO PÂNICO

O transtorno do pânico (TP) se manifesta por crises abruptas de ansiedade, acompanhadas por uma intensa sensação de medo ou mal-estar, juntamente com sintomas físicos avassaladores. Estas crises podem ocorrer em qualquer lugar, momento ou contexto, persistindo geralmente de 15 a 30 minutos, mas deixando um impacto duradouro.

O FUNCIONAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO

No cerne desse transtorno está uma região crucial do cérebro, responsável pelo gerenciamento das emoções e pela liberação do hormônio adrenalina, que prepara o corpo para enfrentar ou fugir diante de perigos reais. No entanto, no TP, esse sistema de alerta cerebral dispara sem uma ameaça concreta, desencadeando uma espiral de medo e desconforto.

SINTOMAS INQUIETANTES

Os sintomas físicos que acompanham um ataque de pânico são diversos e avassaladores. Eles incluem aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, falta de ar, sensação de pressão ou dor no peito, sudorese fria, tontura, náusea, tremores e até mesmo sensações de despersonalização, como se estivesse “fora do corpo”.

ORIGENS E CAUSAS POTENCIAIS

As raízes do transtorno do pânico podem estar em situações extremas de estresse, como crises financeiras, eventos traumáticos na infância, ou até mesmo experiências como assaltos e sequestros. Além disso, a predisposição genética desempenha um papel significativo, tornando os filhos de pessoas com transtornos de ansiedade mais propensos a desenvolverem o TP.

ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E RECOMENDAÇÕES

O tratamento do TP envolve uma abordagem multifacetada, combinando medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com psicoterapia. Conduzido por um médico psiquiatra, o tratamento visa controlar os sintomas e ajudar o paciente a recuperar a autoconfiança necessária para lidar com as crises.

Algumas recomendações cruciais incluem a busca por ajuda médica especializada, a prática regular de exercícios físicos, e a conscientização sobre a diferença entre ansiedade normal e patológica. Automedicação e o uso de substâncias como álcool podem agravar os sintomas, enquanto o diagnóstico precoce oferece melhores perspectivas de tratamento.

Fonte: Estadão e Biblioteca Virtual em Saúde