Israel se prepara para realizar uma execução inédita na medicina: o primeiro transplante de medula espinhal humana utilizando células do próprio paciente.
A Universidade de Tel Aviv, em Israel, anunciou recentemente que a cirurgia está prevista para os próximos meses, ela representa um avanço significativo na área da medicina regenerativa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15 milhões de pessoas no mundo vivem com lesões na medula espinhal, a maioria causada por traumas como quedas, acidentes de trânsito e violência. Essas lesões provocam incapacidades graves, muitas vezes paralisando os pacientes.
No Brasil, casos como o da atleta Laís Souza ganharam destaque. Ela ficou tetraplégica após uma lesão medular sofrida em um acidente durante uma sessão de esqui, em 2014, ilustrando a realidade de muitas pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
Cuidados e atenção a pacientes portadores de lesão muscular
De acordo com artigo Diretrizes de Atenção à Pessoa com Lesão Medular do Ministério da Saúde, o cuidado ao paciente com Lesão Medular inclui um conjunto de ações que se inicia no primeiro atendimento e continua até a sua reintegração social. Por conta disso, toda a equipe de atendimento deve estar envolvida desde a fase aguda em ações que permitam, no futuro, a inclusão social e econômica do paciente com sequela de lesão raquimedular. Este processo deve ser desenvolvido pelo atendimento simultâneo e integrado de diversos profissionais de saúde.
Conforme o artigo, a lesão da medula espinal é um dos mais graves acometimentos que pode afetar o ser humano e com enorme repercussão física, psíquica e social. O estudo classifica a lesão medular como toda injúria às estruturas contidas no canal medular (medula, cone medular e cauda equina), que pode levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e psicoafetivas.
Estas alterações se manifestam principalmente como paralisia ou paresia dos membros, alteração de tônus muscular, alteração dos reflexos superficiais e profundos, alteração ou perda das diferentes sensibilidades (tátil, dolorosa, de pressão, vibratória e proprioceptiva), perda de controle esfincteriano, disfunção sexual e alterações autonômicas como vasoplegia, alteração de sudorese, controle de temperatura corporal entre outras.
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