A insônia é considerada um distúrbio do sono. As causas estão relacionadas a diversos fatores que podem alterar a condição do sono e pode se persistir por meses caso não seja avaliada por um especialista.
A neurologista Camila Alves explica que doenças orgânicas podem ser a causa da insônia, mas o hábito de vida também pode implicar na qualidade do sono. “Deve-se lembrar que existem doenças orgânicas que precisam ser pesquisadas como causa de insônia: síndrome da apneia obstrutiva do sono, asma, hipertireoidismo, fibromialgia, dores crônicas, transtornos psiquiátricos como depressão e ansiedade. Excluídas essas possibilidades, investiga-se os hábitos de vida de cada paciente como uso de álcool, tabaco, estimulantes (café ou outros tipos de energéticos), drogas lícitas em horários inadequados como os diuréticos no período da noite, drogas ilícitas e hoje, é muito importante lembrar do tempo demasiado em frente as telas”, pontua.
A médica afirma que a insônia pode estar associada a causas específicas e a prolongação dessa condição deve ser investigada por um especialista. “Todos nós podemos ter períodos que dormiremos pior, desencadeado por algum estresse como trabalho, doença, maternidade. Na maioria desses casos a insônia costuma durar 1 mês, são consideradas as insônias agudas e não precisam de atendimento especializado, pois são autolimitadas. As insônias crônicas (psicofisiológicas, idiopática e paradoxal) são as que preocupam o paciente pela sua duração, geralmente levando o paciente ao consultório por volta do 3° mês de sintoma”, destaca.
A insônia pode afetar a vida de uma pessoa apresentando sintomas como indisposição, sonolência diurna excessiva, baixo rendimento cognitivo com redução da concentração e memória e mal humor.
A especialista pontua que o uso de medicamentos, em alguns casos, é necessário para tratar a insônia, mas o hábito de vida saudável tem grande impacto no tratamento. “Hoje o objetivo da consulta de um paciente com insônia é tentar convencê-lo de que o remédio muitas vezes é necessário, mas que não é a solução. Os hábitos de vida devem ser mudados. É orientado sobre medidas de higiene do sono associado com a terapia cognitivo comportamental”, finaliza.
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