Infectologista explica que varíola dos macacos é ‘frequentemente, mas não exclusivamente, de transmissão sexual’

Segundo o Ministério da Saúde, a varíola dos macacos, também chamada de monkeypox, já passa de 1.300 casos confirmados no país. No Brasil, a primeira morte pela doença foi divulgada na última sexta-feira (29).

Há alguns meses, pesquisadores encontraram fragmentos do vírus que transmite a varíola dos macacos em sêmen de pacientes na Itália, o que, à época, levantou hipóteses de transmissão sexual, e hoje já se confirma, mas não é o único meio de propagação da doença, como explica a infectologista Rita Medeiros. “Os casos da doença hoje foram frequentemente, mas não exclusivamente, de transmissão sexual”, destaca.

De acordo com a médica, as pessoas com varíola dos macacos começam com sintomas gerais de dor de cabeça, febre, caroços no pescoço, dor muscular e fraqueza, que duram alguns dias, e, logo após, surgem lesões na pele com evolução para vesículas, pústulas, algumas de aspecto ulcerado.

A infectologista comenta que o maior risco está em manter contato próximo com aquelas pessoas que estão doentes. “O vírus é considerado pouco contagioso, por isso o maior risco é contato muito próximo com as lesões cutâneas do paciente doente e/ou através de gotículas eliminadas durante a fala. Em unidades de saúde, as pessoas tem que usar máscaras cirúrgicas, e luvas e aventais para examinar os pacientes”, ressalta.

A médica ressalta que as principais formas de transmissão ocorre por meio de contato com as lesões, respiratória (gotículas), sexual e de mãe para o filho.

A especialista destaca que, até o momento, os tratamentos ainda estão sendo testados. “Não há tratamento antiviral, alguns ainda em fase de estudos. Usamos sintomáticos e antibióticos quando complica com infecções bacterianas secundárias”, finaliza.

Milena Alves

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