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O Hospital Regional Público do Leste (HRPL), localizado em Paragominas, no nordeste do Pará, está utilizando uma tecnologia simples, porém eficaz, para melhorar a segurança dos pacientes e prevenir complicações respiratórias.
O dispositivo, chamado de “Angulômetro de Cabeceira”, foi desenvolvido pelas equipes de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (FOFITO) do hospital e já está gerando resultados positivos.
COMO FUNCIONA O ANGULÔMETRO DE CABECEIRA?
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O Angulômetro de Cabeceira é uma ferramenta que ajuda a equipe médica a ajustar a angulação da cama do paciente de forma correta.
O posicionamento adequado, com a cabeceira elevada entre 30˚ e 45˚, é essencial para evitar a broncoaspiração, que ocorre quando secreções ou alimentos entram nas vias respiratórias, podendo causar pneumonias e outras complicações graves.
Segundo Patrícia Costa, coordenadora da FOFITO, o dispositivo é uma medida preventiva importante, especialmente para pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
“O posicionamento correto do paciente no leito é fundamental para evitar complicações. O Angulômetro de Cabeceira é uma solução prática e de baixo custo que ajuda a equipe a garantir a segurança dos pacientes”, explica.
REDUÇÃO DE PNEUMONIAS ASSOCIADAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA
A diretora assistencial do HRPL, Karla Negrão, destacou que o dispositivo tem contribuído para a redução dos casos de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV), uma das principais complicações em pacientes internados em UTIs.
“Nossa meta é reduzir os indicadores de PAV, e o Angulômetro de Cabeceira tem sido um grande aliado nesse processo. É uma iniciativa simples, mas que gera grandes resultados”, afirmou.
BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES
Ivaldo Rufino de Souza, de 56 anos, que está internado no HRPL, elogiou o atendimento humanizado e a atenção dos profissionais.
“Minha experiência tem sido muito positiva. Todos são prestativos e educados, transmitem segurança durante o atendimento”, relatou o agricultor.
TECNOLOGIA DE BAIXO CUSTO E ALTO IMPACTO
O Angulômetro de Cabeceira é um exemplo de como soluções simples e de baixo custo podem ter um impacto significativo na saúde pública.
A tecnologia já está sendo utilizada nos leitos da UTI do HRPL, e a equipe médica recebeu treinamento para garantir o uso correto do dispositivo.
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS PÓS-CIRÚRGICAS: RISCOS E IMPACTOS
As complicações respiratórias podem ocorrer após uma cirurgia e representam um risco significativo para os pacientes.
Entre as principais estão a pneumonia, insuficiência respiratória, atelectasia (quando os pulmões não se expandem completamente), broncoespasmo e piora de doenças pulmonares preexistentes, como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).
Essas condições podem aumentar o tempo de internação e os custos hospitalares. Além disso, a insuficiência respiratória prolongada pode exigir o uso de ventilação mecânica, o que eleva a taxa de mortalidade e outras complicações associadas.
FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Fatores como idade avançada, tabagismo, doenças pulmonares preexistentes e o tipo de cirurgia realizada influenciam o risco de complicações respiratórias.
Cirurgias no abdômen superior e no tórax, por exemplo, podem reduzir a capacidade pulmonar temporariamente, dificultando a respiração do paciente.
Estratégias para prevenir esses problemas incluem a interrupção do tabagismo antes da cirurgia, uso de técnicas anestésicas adequadas e fisioterapia respiratória no pós-operatório para melhorar a recuperação.
SOBRE O HRPL
O Hospital Regional Público do Leste faz parte da rede de saúde do Governo do Pará e é administrado pelo Instituto Diretrizes em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Localizado na Rua Adelaide Bernardes, no bairro Nova Conquista, em Paragominas, o HRPL tem como missão oferecer atendimento de qualidade à população da região.
Fontes: Agência Pará e Revista Médica de Minas Gerais
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