A saúde do homem é um tema de extrema importância, mas muitas vezes negligenciado. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revela que há desafios significativos em relação à conscientização e aos cuidados com a saúde masculina. Dados alarmantes indicam que 46% dos homens acima dos 40 anos só procuram um médico quando apresentam sintomas de alguma doença. Esse comportamento, muitas vezes procrastinador, pode ter sérias consequências para a saúde e a qualidade de vida dos homens.
O estudo também revela que o câncer de próstata é a doença urológica mais temida pelos homens, sendo mencionado por 58% dos entrevistados. Em seguida, a impotência sexual preocupa 37% deles. É importante destacar que o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que os primeiros estágios da doença geralmente não apresentam sintomas.
Um dos obstáculos significativos para o cuidado com a saúde do homem é o medo e a relutância em relação ao exame de toque retal. Um em cada sete homens relata sentir medo desse exame, e essa apreensão é ainda mais significativa entre os homens com mais de 60 anos. O preconceito e o tabu em torno desse exame podem levar a diagnósticos tardios, quando a doença já está em estágios avançados.
Além do câncer de próstata, outro problema comum é a hiperplasia benigna da próstata (HPB), que afeta cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos. Essa condição pode causar sintomas como aumento da frequência urinária, fluxo urinário fraco e dificuldade para iniciar a micção. Embora esses sintomas se tornem mais comuns com a idade, eles não devem ser considerados normais no envelhecimento. O desconhecimento sobre a HPB, especialmente entre os homens mais jovens, destaca a importância da educação sobre a saúde masculina.
A pesquisa também identificou que muitos homens relatam problemas de saúde, incluindo sedentarismo, pressão alta e obesidade. No entanto, ainda há uma relutância em procurar cuidados médicos de rotina. Isso é preocupante, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
Diante desses desafios, a SBU enfatiza a importância de visitas regulares ao médico, mesmo na ausência de sintomas. Recomenda-se que homens a partir dos 50 anos procurem um profissional de saúde para avaliação individualizada, incluindo exames como o toque retal e a dosagem do PSA no sangue. Para aqueles com fatores de risco, como histórico familiar ou obesidade, os exames devem começar mais cedo, por volta dos 45 anos.
Além disso, é essencial quebrar o tabu em torno dos exames médicos e promover a conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde do homem. A saúde masculina é uma preocupação que deve ser abordada de maneira aberta e informada, visando a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das condições urológicas, incluindo o câncer de próstata e a HPB. Essas medidas podem salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos homens.
Fonte: Agência Brasil e CNN
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