Com o cenário da pandemia da Covid-19, alguns avanços na medicina estão ganhando destaque, entre eles os wearables, considerados aliados potentes para o controle de doenças detectáveis pela tecnologia. Conhecido pela expressão em inglês, wearable pode ser traduzido na prática como um dispositivo tecnológico vestível, que em geral contém sensores embutidos em relógios, pulseiras, óculos, adesivos inteligentes ou outros objetos.
Entre os mais comuns estão os já amplamente utilizados como o Holter, um monitor que detecta, registra, quantifica e calcula os batimentos e o ritmo cardíacos para diagnosticar doenças como isquemia, taquicardias e fibrilação atrial, entre outras. Tecnologias vestíveis facilitam a coleta de dados diariamente para mapear o funcionamento do organismo em atividade. Em geral, esses dispositivos são conectados à internet e garantem um monitoramento 24h.
Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social, a telemedicina tomou grandes proporções, facilitando o acesso dos pacientes aos médicos, promovendo mais segurança ao evitar o contato físico e aumentando o volume dos atendimentos.
E paralepamente a isso, em 2020, houve uma alta de 81% nas vendas de relógios e pulseiras inteligentes. Para 2021, a previsão é que mais de dois milhões de unidades desses dispositivos sejam vendidos no país.
Inicialmente, o rastreamento fisiológico começou a ser mais conhecido com o uso dos smartphones, com aplicativos que oferecem monitoramento dos passos que o usuário deu ao longo do dia, a qualidade e a quantidade do sono e entre outras vantagens. Atualmente, além dos batimentos e frequencia cardíaca, níveis de glicose, já se aprimorou a taxa de saturação de oxigênio, muito importante em pacientes que contraíram Covid-19.
A tendência é de que haja maior adesão a esses dispositivos para se ter mais diagnósticos precoces e poder intervir de forma mais exata e rápida em pacientes com doenças crônicas.
Outra vantagem é uma medicina mais personalizada, já que é possível identificar os padrões de cada organismo e os fatores externos que poderiam influenciar os resultados de exames tradicionais — como tipos de dietas, álcool, estresse e medicamentos.
Há necessidade de investimentos para avanços na ciência e tecnologia, pois para produzir um dispositivo vestível de saúde é necessário conhecimentos específicos em biologia, doenças que o dispositivo deseja monitorar, química, redes, consumo de energia, pesquisa, ética e muitos outros tópicos. Confira o que já existe no mercado:
• sensores para monitorar principalmente os níveis de glicose diariamente.
• Dispositivo que identifica quando a usuária está em período fértil, podendo auxiliar tanto quem busca engravidar, quanto quem procura evitar uma gravidez.
• Adesivos de monitoramento fisiológico
• Dispositivo que promete ajudar pacientes que sofrem com dores crônicas por meio de uma estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) ao colocar o aparelho na panturrilha. Permite que a pessoa aproveite o dia ou vá dormir sem necessitar de um analgésico.
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