Se tem uma coisa do qual não podemos fugir é do tempo. Envelhecemos e isso pode vir acompanhado da sarcopenia. Mas você sabe do que se trata? De acordo com a geriatra Niele Moraes, sarcopenia é a perda progressiva de força e massa muscular que leva a redução do desempenho físico, e tem sido associada a complicações em saúde, como redução da mobilidade, declínio funcional, fraturas e aumento do risco de mortalidade.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a prevalência em indivíduos com idade entre 60 e 70 anos varia de 5% a 13%; enquanto entre os idosos com mais de 80 anos pode oscilar de 11% a 50%. Mas Niele lembra, “a sarcopenia pode acometer adultos, sendo recomendado, a investigação a partir de 40 anos”.
Ainda de acordo com a SBGG, apesar de ser reconhecida como uma doença muscular desde 2016, o diagnóstico da sarcopenia raramente é feito ou documentado nos prontuários médicos, o que dificulta uma análise mais profunda. A geriatra cita os sintomas que podem se manifestar, “a pessoa pode apresentar fadiga, cansaço, dificuldade para andar alguns quarteirões ou subir escadas, por exemplo”.
A médica comenta que não há diferença entre os sexos e raça para essa doença, “a prevalência é maior em pessoas com doenças crônicas, como doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, câncer, diabetes, HIV, por isso é importante a pessoa fazer o acompanhamento de sua comorbidade”.
A sarcopenia pode ser classificada como sarcopenia e sarcopenia grave, “quando além do comprometimento da força e da massa muscular, apresenta comprometimento do desempenho físico” explica a profissional que também fala que a melhor forma de prevenir é com a prática regular de exercício físico, “buscando sempre alcançar pelo menos 150 minutos de exercício físico de moderada intensidade, com treino de força pelo menos 2X a semana. Além de uma alimentação balanceada, com adequada ingesta de proteínas”.
Mas se a pessoa já apresentar os sintomas, deve fazer o tratamento. “O quanto antes for iniciado o tratamento, maior a chance de reverter o quadro” Niele finaliza dizendo que o tratamento pode mudar em comparação ao da prevenção. “Continua sendo exercício físico, especificamente treino resistido (treino de força), como musculação e pilates, e aumento da ingesta proteica (que pode variar de 1,2 a 2g/kg/dia) e caso a pessoa não consiga atingir essa meta com a alimentação, pode ser prescrito um suplemento nutricional”. E lembra, “o combate à sarcopenia é um dos grandes segredos da longevidade”.
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