No Dia Nacional de Combate ao Câncer, um estudo da Fundação do Câncer revelou dados preocupantes sobre a relação entre tabagismo e câncer.
Sete tipos de câncer, incluindo esôfago, estômago e pulmão, apresentam alta letalidade. Em alguns casos, como o câncer de esôfago, a mortalidade ultrapassa 80%.
POR QUE O TABACO É TÃO PERIGOSO?
O cigarro contém milhares de substâncias tóxicas que afetam as células epiteliais, responsáveis por revestir várias partes do corpo.
Segundo o consultor médico Alfredo Scaff, o tabagismo é uma das principais causas evitáveis de câncer no Brasil, especialmente em tipos associados às vias respiratórias e digestivas.
OS NÚMEROS ALARMANTES DO TABAGISMO NO BRASIL
- 239 mil mortes por câncer em 2022.
- 26,5% das mortes por câncer relacionadas ao tabagismo.
- 704 mil novos casos de câncer estimados para 2024.
TABAGISMO E CÂNCER DE PULMÃO
Com o tabaco sendo responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil, os custos para o sistema de saúde chegam a R$ 9 bilhões anuais.
A indústria do tabaco cobre apenas 10% do impacto financeiro causado pelas doenças tabaco-relacionadas, deixando um grande ônus para o setor público.
O CRESCIMENTO DA AMEAÇA DO CIGARRO ELETRÔNICO
Embora promovido como uma alternativa menos prejudicial, o cigarro eletrônico está associado a doenças graves, como Evali, e pode até explodir, causando ferimentos graves.
Scaff alerta que esses dispositivos estão introduzindo uma nova geração ao vício, aumentando os riscos de câncer e outras doenças.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO: UM DESAFIO PERSISTENTE
A prevenção primária, como a vacinação contra o HPV, e a detecção precoce são ferramentas essenciais, mas o diagnóstico tardio e a agressividade de alguns tipos de câncer dificultam o tratamento.
A RELAÇÃO REGIONAL COM O TABAGISMO
O Sul do Brasil lidera em incidência e mortalidade por câncer de pulmão, reflexo de um consumo de tabaco culturalmente mais elevado.
Já as regiões Norte e Nordeste enfrentam maior letalidade em cânceres como cavidade oral e colo do útero.
UM CHAMADO À AÇÃO
Com projeções indicando aumento de 65% na incidência de câncer de pulmão até 2040, os dados reforçam a urgência de ações para reduzir o tabagismo no Brasil.
Além de campanhas educativas, é crucial intensificar políticas públicas contra o uso do tabaco e regular novos produtos nocivos, como os cigarros eletrônicos.
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