Um panorama do setor de saúde — tanto global quanto brasileiro — foi traçado em um estudo da consultoria global Ernst & Young (EY) que se atenda às dificuldades dos prestadores de serviços no segmento.
Segundo médicos consultados pela pesquisa, os cinco principais desafios do sistema de saúde brasileiro são: resistência na adoção de tecnologia, salários não competitivos, falta de investimento, retenção da força de trabalho e aumento de casos de burnout e depressão entre os profissionais do ramo.
No recorte global do levantamento, que abrange 11 países, os médicos entrevistados elencaram falta de autonomia ou controle (42% das respostas), sobrecarga (38%) e dano moral e preocupações com a segurança do paciente (27%) são os principais fatores que os fazem considerar abandonar a profissão.
“Cada vez mais, as organizações de saúde devem avançar em direção a modelos de cuidados híbridos habilitados digitalmente para enfrentar os desafios contínuos da força de trabalho”, diz Leandro Berbert, sócio-líder de saúde e bem-estar da EY Brasil, comentando a nova tendência do setor, possibilitada pelo uso da tecnologia.
Também segundo o Global Voices in Health Care Study, da EY, ações dos executivos em saúde estão um tanto quanto desconectadas de demandas dos médicos.
Aumentos de salários devido à escassez de profissionais (39% das respostas), oferta de iniciativas de educação aos profissionais (33%) e benefícios de bem-estar (22%) são os principais instrumentos utilizados pelos executivos na valorização da profissão de médico.
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