A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pediu mais informações sobre autotestes de Covid-19 no Brasil nesta última quarta-feira (19), por conta de uma votação da Diretoria Colegiada da agência após análise da solicitação feita pelo Ministério da Saúde no dia 13 de janeiro.
A Decisão da Diretoria Colegiada da agência votou, em maioria, pela cobrança de informações adicionais, por parte do Ministério da Saúde, de política pública para uso dos exames no país.
De acordo com as regras vigentes da agência, o registro de autoteste de doenças infectocontagiosas de notificação compulsória, como a Covid-19, só podem ser feitos caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Atualmente, são permitidos no país autotestes de diabetes, de HIV e de gravidez.
No pedido à Anvisa, a Saúde diz que pretende expandir a Ação Testa Brasil para permitir o autoteste rápido de antígeno para pessoas sintomátricas e assintomáticas “com foco na monitorização de situação epidemiológica e direcionar os esforços na contenção da pandemia no território nacional”.
O neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes, do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que a autotestagem é uma metodologia comum na medicina, como a medição de glicose no sangue para pacientes com diabetes ou testes de HIV e de gravidez. “Não é nada muito novo quando falamos em aplicação para a população em larga escala”, disse.
No caso do coronavírus, o paciente que possui o kit realiza a coleta através da secreção do nariz ou da boca com um cotonete. Na sequência, a haste é introduzida em um processo químico e colocada para a testagem. O resultado está disponível em cerca de meia hora, indicando tanto o resultado positivo quanto negativo para a presença do vírus.
“Existe uma segurança biológica, existem trabalhos científicos mostrando a eficiência do teste, mas é lógico que existe a variação humana. Obviamente, até agora, isso tem sido feito por profissionais da saúde treinados. Mas a autotestagem pode, sim, ajudar a um comportamento ativo em termos de segurar uma pessoa que esteja assintomática para que ela não passe a doença para outras pessoas”, afirmou Gomes.
Fonte: CNN Brasil
Foto: Mike Sena/ MS/ Agência Brasil
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