No Brasil, a obesidade já é considerada um problema de saúde pública e acomete mais de 40% da população. Combatê-la e preveni-la são ações urgentes diante de um problema que vem adquirindo proporções epidêmicas.
Segundo os dados do Ministério da Saúde de 2022, 35,1% dos adultos do Estado do Pará apresentam sobrepeso. Já entre as crianças, em dados do mesmo ano, 7,3% dos menores de 5 anos e 10,1% das crianças entre 5 e 9 anos registram peso elevado para idade. Já entre os adolescentes, 18,2% registram excesso de peso e 10,1% são considerados obesos.
Segundo o Endocrinologista Rubens Tofolo, esses dados são preocupantes. “É cada vez mais comum ver pessoas com um estilo de vida sedentário, mantendo refeições com poucos vegetais e frutas e consumindo em excesso alimentos com fritura e açúcar. Isso é o reflexo claro do aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias”, afirma.
Dentre as doenças causadas pela obesidade está a diabetes.
A patologia acontece quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente para levar o açúcar para dentro das células.
Assim, o diabetes do tipo 2 é adquirido com o tempo, devido à alta ingestão de carboidratos de absorção rápida, como os presentes em refinados e doces. Nesse caso, o corpo se torna resistente à insulina ou não produz uma quantidade adequada para seu bom funcionamento. “90% das pessoas que apresentam diabetes tipo 2 estão acima do peso. Então, a relação entre diabetes e obesidade é grave, simples e direta.
A ingestão desenfreada de carboidratos refinados em excesso, aliada a outros fatores como sedentarismo, gera acúmulo de gordura no corpo, além de, possivelmente, tornar o organismo resistente à insulina”, complementa Dr. Rubens.
No final de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária registrou um novo medicamento para tratamento de diabetes tipo 2, o Mounjaro, que promete ser melhor do que o Ozempic para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos. No mesmo mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária também aprovou Wegovy®(semaglutida 2,4 mg), injeção semanal para o tratamento de sobrepeso e obesidade em adolescentes a partir de 12 anos.
Ambos os medicamentos devem ser indicados somente por um médico endocrinologista, aliados a um plano alimentar com redução calórica e aumento da prática de atividade física.