Covid-19: entenda quais são as variantes e as diferenças entre elas

A variantes é uma alteração genética que foram identificadas em um agente infeccioso, mais comuns em ocorrer em vírus. As variantes da covid-19 preocupam por serem mais fáceis de transmitir. Especialistas afirmam que as características dessas mutações funcionam com maior facilidade de transmissão.

O infectologista Lourival Marsola explica que o processo de multiplicação geram alterações no material genético. “Algumas alterações vão se acumulando determinadas partes do vírus que confere uma característica diferente, por exemplo, o maior poder de ser transmissível, uma maior transmissibilidade e essas alterações agrupadas. Essas mutações agrupadas gerando vírus com características diferentes das da variante original é que vão dando novas variantes, porém é o mesmo vírus, mas com pequenas alterações que origina essas novas variantes”, afirmou.

A identificação de qual tipo de variante presente em um indivíduo é feita por meio de exames específicos com laboratório de referências.  “Para detectar que o vírus está circulando naquela comunidade somente com exames específicos com laboratório de referências. O estudo da parte genética do vírus vai localizar essas pequenas mutações, em seguida é feita a relação com uma determinada variante já existente. Se por acaso houver mutações outras que conferem características diferentes desse vírus será uma nova variante descrita”, afirmou o médico.

A maior transmissibilidade do vírus é o grande problema para o controle da pandemia, de acordo com Marsola. “É justamente por ter pessoas já vacinadas que podem ser contaminadas e assim colocar então em risco o controle da pandemia. Os principais impactos das variantes hoje circulantes é a maior transmissibilidade, inclusive possibilitando a contaminação, a infecção de pessoas já vacinadas, principalmente aquelas que tomaram apenas uma dose da vacina”, declarou.

Saiba quais as variantes de maior transmissão da covid-19:

Delta

A variante Delta foi identificada na Índia em dezembro de 2021. A mutação chegou ao Brasil em maio, e segundo um relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) das Nações Unidas, em julho já era predominante em quase 90% das amostras coletadas em todo o mundo.

A Delta circula em mais de 111 países, e as pesquisas mostram um nível de transmissibilidade 50% maior que as anteriores.

Alfa

A variante britânica Alfa se espalhou nos primeiros meses de 2021. Os cientistas levantaram a hipótese de um potencial de letalidade mais alto, o que ainda não foi comprovado pelas pesquisas; além de uma transmissibilidade maior.

Beta

A variante Beta foi identificada em outubro de 2020. Nela, o vírus faz com que a ação dos anticorpos diminua, dificultando a resposta do corpo ao tratamento e a recuperação do infectado.

Gama

A variante brasileira conhecida como variante Gama, foi primeiramente identificada em dezembro de 2020. A mutação apresenta 17 mutações, sendo 12 localizadas na proteína S e 3 no receptor presente nessa proteína. A característica aumenta a afinidade de ligação entre o vírus e as células humanas.

Alessandra Fonseca

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