Em um comunicado recente, a agência de saúde da ONU lançou luz sobre uma preocupante realidade: mais de um em cada dois jovens de 15 anos já experimentou álcool, enquanto cerca de um em cada cinco adolescentes recorreu aos cigarros eletrônicos. O Dr. Hans Kluge, Diretor Regional da OMS para a Europa, alertou para a urgência de medidas preventivas diante dessa situação.
Dr. Kluge ressalta a gravidade do problema, destacando que o cérebro continua a se desenvolver até os 20 e poucos anos, tornando os adolescentes particularmente vulneráveis aos efeitos nocivos de substâncias tóxicas. O álcool é uma presença dominante, com 57% dos jovens de 15 anos relatando ter experimentado, e 37% consumindo nos últimos trinta dias. O consumo excessivo também é preocupante, com cerca de 10% dos jovens relatando embriaguez significativa, evidenciando uma tendência crescente no abuso de álcool entre os jovens.
Enquanto isso, os cigarros eletrônicos ganham popularidade, ultrapassando os cigarros tradicionais. Cerca de 32% dos jovens de 15 anos experimentaram, e 20% usaram nos últimos trinta dias, comparados a 25% que fumaram cigarros convencionais em suas vidas. Apesar disso, há uma diminuição leve no consumo de cannabis, embora o relatório alerte para os riscos de dependência e padrões problemáticos de consumo no futuro.
O relatório também aponta uma mudança nas tendências de gênero, com as meninas igualando ou até ultrapassando os meninos no consumo de tabaco, álcool e cigarros eletrônicos aos 15 anos. Esse fenômeno levanta preocupações adicionais sobre a saúde e o bem-estar das jovens.
Além do consumo direto, a OMS expressa preocupação com a exposição dos jovens ao marketing de produtos nocivos em plataformas online e na cultura popular, como videogames. A agência está trabalhando com países para implementar medidas preventivas abrangentes, incluindo aumentar impostos, restringir a disponibilidade e locais de venda, e impor uma idade mínima legal para compra.
Especificamente, a OMS apela à proibição de aromas, incluindo mentol, em produtos de nicotina e tabaco, e à proibição da publicidade em plataformas de comunicação social e redes sociais. Tais estratégias visam proteger a saúde e qualidade de vida dos jovens no longo prazo.
Fonte: ONU
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