Independentemente do exercício, é preciso manter, pelo menos, dois metros de distância de outros usuários e usar máscara que cubra a boca e o nariz.
Aulas virtuais de ginástica ainda estão disponíveis, mas se você prefere ir à academia, caso o serviço esteja liberado na sua cidade, é melhor se preparar. Afinal, a transmissão ainda é alta, e “o aumento do esforço respiratório que ocorre nos espaços fechados facilita a transmissão”, conforme relatou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Ou seja, o risco de infecção dentro de academias é maior para pessoas que não foram vacinadas, mas mesmo as que já tomaram as duas doses da vacina não estão completamente imunes ao vírus. Trocando em miúdos: ambos os grupos devem tomar os mesmos cuidados.
Independentemente do exercício que você for fazer, é preciso ficar, pelo menos, dois metros de distância de outros usuários e usar constantemente uma máscara que cubra sua boca e seu nariz. “Se a intensidade do exercício dificultar o uso da máscara, o recomendado é fazer essa atividade ao ar livre e longe de outras pessoas”, aconselhou o CDC.
O uso de máscaras durante os exercícios não foi considerado prejudicial para pessoas saudáveis, mas aqueles com doenças pulmonares ou cardíacas devem conversar com seu médico antes de voltarem às práticas, de acordo com as determinações do CDC.
Primeiro ligue ou procure na internet se a academia ou estúdio está seguindo as orientações. Reserve um período de uso e faça o check-in online, se possível.
Reveja também algumas práticas que podem colocar a sua saúde em risco, como troca de roupa e banho em vestiários fechados. Mesmo que os vestiários estejam abertos, tome banho em casa. Isso evita que você fique perto de outras pessoas em um espaço pequeno.
Leve duas máscaras para o caso de uma ficar molhada de suor. Segundo o CDC, a máscara úmida é menos eficaz e pode dificultar a respiração.
Algumas academias “limitaram o número de pessoas que podem usar o chão”, disse a Dra. Ada Stewart, médica da Cooperative Health em Columbia, Carolina do Sul, e presidente da American Academy of Family Physicians.
“A maioria das academias tem janelas grandes e ventiladores, mas se a sua não tem, eu evitaria”, completou. Fique atento também se a sua academia tem tetos altos, portas abertas e filtros de ar portáteis com filtros HEPA (ar particulado de alta eficiência), que podem ajudar a manter os espaços bem ventilados.
Uma vez que o risco aumenta de acordo com o nível do esforço físico, seja criterioso quanto às atividades que você realiza. Mesmo que o local seja bem ventilado e o tamanho da classe pequena, atividades de baixa intensidade – como ioga – são mais seguras do que as de alta intensidade, como spinning, que devem ser feitas ao ar livre.
Sessões ao ar livre com limite de convidados são menos arriscadas do que os treinamentos em grupo em áreas internas. Aulas internas de alta intensidade precisam “ter uma ventilação muito boa com as pessoas separadas por pelo menos 3 metros de distância”, disse a analista médica da CNN Leana Wen, médica emergencial e professora visitante de política e gestão de saúde na Escola do Milken Institute School da George Washington University de Saúde Pública.
Antes e depois de usar máquinas ou equipamentos, use paninhos com desinfetantes para limpá-los e lave as mãos. Não compartilhe equipamentos que não possam ser limpos com rapidez suficiente entre os usos, como cintos de levantamento de peso ou faixas de resistência. “Mantenha seus treinos o mais breve possível para evitar a exposição prolongada”, sugeriu o CDC.
Inovações no método e garantias de prevenção – Em Belém, sobram os exemplos e alternativas para garantir o cumprimento das medidas estabelecidas pelas autoridades em saúde. Há mais de 30 anos no mercado e referência no preparo de atletas olímpicos, o treinador Ulisses Pereira, 57, garante que não relaxou na prevenção em sua academia, localizada no bairro Pedreira. “Temos a marcação no chão, termômetro para verificação da temperatura dos alunos, álcool em gel e até balão de oxigênio, caso haja alguma necessidade, pois temos o treinamento de primeiros-socorros também”, disse. Ele garante que tem cumprido, à risca, todas medidas no espaço físico de sua academia, um galpão de 30m por 15m. “Fazemos a aplicação de álcool em todo o espaço físico de três a quatro vezes por dia”, afirmou o empresário e ex-treinador do pugilista Acelino Popó.
No sentido de garantir o distanciamento e manter uma rotina de exercícios de seus alunos, a professora de Educação Física, Elelyse Teixeira, 25, buscou um meio alternativo e bem atual de manter os treinamentos. A educadora utiliza uma plataforma para atender sua clientela. “Hoje em dia tenho 120 alunos que utilizam o acesso pelo aplicativo, e acredito que a modalidade de treinos em casa com acompanhamento específico só tem a crescer”, adianta. “Treinar em casa, mesmo que não se tenha todos os materiais que uma academia pode oferecer é completamente possível. Tenho alunas que perderam dez quilos, treinando em casa. Mais essencial do que academias e seus implementos são os professores qualificados para pensar fora da caixa e fazer com que seu aluno tenha constância”, complementa a profissional que atende pela internet desde abril de 2020. Evelyse ressalta que muitos de seus alunos recuperaram a mobilidade e qualidade de vida.
Laeonan Castelo, 26, oferece aulas de crossfit e como personal trainer, orienta muita gente em prédios, residências e condomínios. Ele conta que a pandemia afetou as atividades na academia onde a trabalha, realidade pouco amenizada devido ao repasse do auxílio emergencial, mas começou a recorrer ao trabalho virtual, a exemplo das planilhas virtuais. “Quanto aos meus alunos, consegui manter de forma on line, e para isso adaptei um espaço em minha casa, comprei um piso emborrachado, tudo para manter os meus alunos, mas mantendo alguns presenciais com os cuidados devidos”, disse ele, pós-graduando em Treinamento Esportivo e especializado em Personal Trainer.
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