No último ano, mais de 60% dos municípios brasileiros falharam em atingir a meta de 95% de cobertura vacinal recomendada pelo Ministério da Saúde para o primeiro ano de vida. Embora o número de cidades que alcançaram essa meta tenha aumentado, passando de 1.745 para 2.100, segundo dados do IBGE, ainda estamos aquém do necessário.
TRÍPLICE VIRAL: A DISCREPÂNCIA ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA DOSE
Um ponto de destaque é a vacinação contra o sarampo, caxumba e rubéola. Enquanto a primeira dose atingiu ou superou a meta em 3.084 cidades, a segunda dose, aplicada aos 15 meses, alcançou apenas 1.326 municípios.
QUEDA NAS COBERTURAS DESDE 2016
Desde 2016, todas as coberturas vacinais do Programa Nacional de Imunizações (PNI) têm diminuído. Essa tendência é alarmante, pois aumenta o risco de surtos de doenças imunopreveníveis, como sarampo e poliomielite, em todo o país.
A IMPORTÂNCIA DAS ALTAS COBERTURAS
As altas coberturas vacinais são essenciais para proteger a população contra a circulação de vírus e outros microrganismos prejudiciais. Quando a maioria das pessoas se imuniza, elas também protegem aqueles que não podem ser vacinados por motivos específicos, como pacientes imunossuprimidos, em tratamento de câncer, alérgicos e grávidas.
NÚMEROS PROMISSORES, MAS AINDA PREOCUPANTES
Embora o Ministério da Saúde tenha registrado aumentos em várias coberturas vacinais em comparação com o ano anterior, algumas vacinas, como BCG e hepatite B, tiveram as piores coberturas em uma década. Isso pode ser atribuído a questões de registro de doses aplicadas.
DESEMPENHO ANIMADOR E ESTRATÉGIAS FUTURAS
Houve um aumento significativo na vacinação contra o HPV, graças a estratégias como a imunização em ambiente escolar. Outras ações, como o microplanejamento e a busca ativa por não vacinados, são fundamentais para melhorar as coberturas vacinais e garantir a proteção da população. Em 2024, é crucial reforçar essas iniciativas para alcançar resultados ainda melhores.
Fonte: Portal do Butantan
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