
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário é a terceira neoplasia ginecológica mais comum, e fica para trás apenas do câncer do colo do útero e do endométrio. Cerca de 95% das neoplasias ovarianas são derivadas das células epiteliais, que cobrem a superfície externa do ovário, o restante provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estrompais, que produzem a maior parte dos hormônios femininos.
A médica oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), explica que há exames, como a mamografia e Papanicolau, para prevenir o câncer de mama e de útero, mas para o câncer de ovário não há. “Isso é um problema”, afirma ela. “Não existe um exame específico indicado para a mulher fazer, periodicamente, mesmo sem sintomas. Isso dificulta o diagnóstico precoce. Exame de rastreamento é aquele que, comprovadamente, por meio de pesquisas, é capaz de diminuir a mortalidade e detectar precocemente a doença”.
O câncer de ovário não tem uma incidência tão alta quanto o de mama e o de colo de útero, por exemplo, mas, entre os chamados cânceres ginecológicos, é o 2° mais comum e o mais letal. E quando se trata de um tipo de câncer que não têm exames específicos de rastreamento, a avaliação médica regular é ainda mais importante. “Toda mulher deve ir ao ginecologista para consultas e exames periódicos, de rotina. Essa é uma das recomendações mais importantes para a prevenção do câncer de ovário”, afirma a médica.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 7.310 casos novos e quase 4 mil óbitos por ano. O câncer de ovário é o oitavo câncer mais comum no Brasil, mas na região Norte é o sétimo tipo mais incidente, sem considerar o câncer de pele.
Atenção aos sinais
A cabeleireira Ana Lúcia Magalhães, de 45 anos, lembra que teve muitos sinais e sintomas e percebeu algo de errado. Inchaço no abdômen e pelve, perda de apetite, cansaço constante. Mas, a rotina atribulada com o trabalho fez com que ela não desse a importância devida à saúde. Durante meses acreditou que o mal-estar era relacionado ao excesso de trabalho, até que o agravamento dos sintomas a fez procurar atendimento médico.
“A metástase me fez descobrir que tenho uma mutação genética com mais de 95% de chances de ter esse tipo de câncer. Faço quimioterapia via oral sem prazo para concluir o tratamento. Minha vida agora é manter o controle do câncer”, conta Ana Lúcia. “A gente nunca imagina ter uma doença como essa, e sabe pouco a respeito. Mas não adianta ter arrependimento, precisamos aproveitar a lição e fazer diferente, cuidar da saúde e não se deixar entregar, porque o câncer se alimenta disso também”, acredita Ana.
Sinais e Sintomas
- Inchaço abdominal com perda de peso
- Dor pélvica ou abdominal;
- Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude;
- Necessidade urgente e frequente de urinar;
- Alterações menstruais.
Outros sintomas possíveis do câncer de ovário:
- Fadiga;
- Dor nas costas;
- Dor durante a relação sexual;
- Constipação.
Caso uma mulher apresente esses sintomas por semanas, deve procurar atendimento médico.
Conscientização
O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Por este motivo, o dia 8 de maio foi escolhido para alertar a população sobre a importância da conscientização sobre a doença e os cuidados necessários para que o câncer de ovário seja diagnosticado o mais precocemente possível.
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