Por causa do calor extremo, o risco de desidratação pode aumentar e ocasionar problemas como confusão mental, prostração, agitação, tonturas e quedas, além de efeitos na pele, como maior flacidez ou aparência ressecada, e nas mucosas, que podem ficar descoradas, pois também ressecam. Existem casos em que a pessoa idosa pode precisar de hidratação intravenosa, por isso, é importante que as pessoas estejam atentas a qualquer sintoma de desidratação nesses dias tão quentes.
Em casos assim, é importante procurar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) ou Unidades Básicas de Saúde (UBSs), para que os médicos avaliem e decidam se a hidratação precisa ser intravenosa ou se pode ser feita em casa. Em situações emergenciais, há duas saídas: a pessoa pode ser encaminhada para uma UPA por um familiar ou acionar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) por meio do telefone 192.
“Devido a essa onda de calor que está acometendo quase todo o Brasil, é muito importante conversarmos sobre a hidratação da pessoa idosa. Os idosos são uma parcela da população que é bastante sensível a desidratação e ela corre de uma forma mais fácil e rápida, porque o idoso pode não ter o mecanismo da sede funcionando perfeitamente. Ou seja, apesar de o corpo estar precisando de água, de líquido, a sede não faz o idoso buscar essa hidratação”, explicou o vice-presidente da Sociedade Brasileira Geriatria Gerontologia Estado SP (SBGG), Leonardo Brando Oliva.
De acordo com o especialista, por conta da desidratação, o rim é o primeiro órgão a ser afetado e a falta de líquido adequado no corpo do idoso pode levar problemas relacionados à pressão baixa como tontura seguida de quedas e até mesmo desmaios. “É muito importante então que estimulemos os idosos a não apenas beber água, mas outros líquidos, porque bebidas com sabor podem facilitar muito aceitação daqueles que não gostam de beber água”, disse. Entre as recomendações estão a água de coco, chá gelado, sucos leves, água saborizada, colocada em uma jarra com pequenos pedaços de frutas.
Oliva destacou sobre o tipo de roupa utilizada seja pelos mais novos quanto pelos idosos. O ideal é vestir roupas leves e evitar exposição solar de forma prolongada, além de evitar permanecer em ambientes muito quentes e pouco arejados. “Isso também aumenta a chance de desidratação. É preciso também ficar atento ao horário da realização de atividade física. Aqueles idosos que realizam atividade física devem escolher o início da manhã ou o final de tarde quando a temperatura é mais amena”.
É necessário usar o protetor solar, manter os ambientes ventilados e usar umidificador em dias de baixa umidade do ar. Entre os sinais de desidratação, estão boca seca, sede, redução do volume de urina, sintomas que podem evoluir os sinais mais graves.
Fonte: Agência Brasil
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