Autossabotagem: saiba os sinais e o que pode desencadeá-la

A autossabotagem ou o auto boicote é explicado na psicologia como o ato de agir contra a si mesmo. Esse processo pode ocorrer de diferentes formas, e sem que a pessoa perceba que está criando situações que prejudiquem ela mesma.

Mas o que leva alguém a se sabotar?

De acordo com a psicóloga Ana Cláudia Machado “Muitas vezes, a vulnerabilidade afetiva e a falta de autoconhecimento podem desencadear atos de autossabotagem”, afirma.

Segundo a especialista, o processo de autossabotagem pode ocorrer de forma consciente ou não, e por meio de atitudes, por exemplo. “A autossabotagem pode se manifestar em comportamentos, pensamentos e falas. geralmente, é quando há uma dissonância entre o que a pessoa quer ou sente que deveria querer, ou o que ela faz ou o que deveria fazer, por exemplo. Uma pessoa pode seguir convicta de que determinado tipo de relacionamento faz mal pra ela, mas segue fazendo, mesmo acarretando sofrimento e dor. A pessoa sabe que determinada escolha será prejudicial, mas acaba fazendo mesmo assim”, destaca.

Sinais

Esse ato de autossabotagem pode apresentar alguns sinais que podem estar relacionados com a rotina da pessoa. “Pessoas que vivem em ciclos viciosos, seja em relação ao trabalho, aos relacionamentos afetivos, familiares e de auto estima. Pessoas que trazem sempre as mesmas queixas, que sabem o caminho que devem seguir para sair deste ciclo, mas por algum motivo não conseguem”, detalha a psicóloga.

É possível parar de se auto sabotar?

Ana Cláudia pontua que sim, é possível impedir que as pessoas consigam parar de criar situações de autossabotagem, além de enfatizar a importância da psicoterapia durante esse processo. “Não é um processo rápido e nem fácil, mas é possível. Cabe ao processo terapêutico entender o motivo, as consequências, hábitos e sentimentos envolvidos neste processo. Trazer esses questionamentos, percebê-los sendo vivenciados no dia a dia e aos poucos ir quebrando estes padrões. São necessários três recursos para este processo: vínculo terapêutico saudável com o psicólogo, disponibilidade emocional de entrar no processo e respeito ao tempo emocional de cada um”, finalizou.

Milena Alves

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