Anvisa proíbe mais de 140 remédios para emagrecer; saiba os riscos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma lista de 140 cápsulas de emagrecimento que podem causar danos à saúde, com orientações para suspender o uso desses medicamentos. O alerta foi dado após casos envolvendo complicações e até mortes com relação à ingestão desse tipo de cápsula. Uma enfermeira morreu em São Paulo em decorrência de uma hepatite fulminante relacionada ao uso dessas substâncias.  

Em nota, a Anvisa avaliou que a venda desse tipo de produto com origem natural requer um cuidado específico e deve ter autorização. “Por lei, os medicamentos só podem ser comercializados por farmácias e drogarias, independentemente da categoria (sintético, biológico, fitoterápico, homeopático, dinamizado, entre outros)”.  

Promessas arriscadas e comercialização informal

“Por conta da origem natural e pela promessa de resultados milagrosos como o emagrecimento e a detoxificação do organismo, além de aumento do metabolismo e rejuvenescimento, muitas pessoas acabam sendo ludibriadas e adquirem esses produtos que não possuem comprovações técnicas de eficácia”, explica o farmacêutico e professor do Instituo de Educação Médicas (IDOMED), Antônio Neto Machado, sobre o caminho perigoso que leva ao consumo arriscado dessas cápsulas e chás emagrecedores. 

Por meio de comercialização informal, a venda desses produtos sempre foi bastante negligenciada pelas autoridades. Mas, com o crescimento do e-commerce, não é difícil encontrar as cápsulas em portais eletrônicos de busca, o que facilita ainda mais a compra desses produtos.  

Os riscos  

Esses produtos possuem substâncias conjuntas que, mesmo sendo de origem natural, também podem ocasionar em riscos ao organismo de qualquer pessoa, que tenham ou não comorbidades. O farmacêutico pontua que nem tudo que é natural é seguro, principalmente pela maneira como esses produtos são extraídos, misturando substâncias diversas que podem trazer perigos, além de serem considerados com grande potencial toxicológico.

O professor do IDOMED ressalta, ainda, que esse potencial tóxico contido pode levar à destruição das células dos tecidos do trato gastrointestinal e das glândulas associadas, além de órgãos como o próprio fígado.

Antônio ainda faz último alerta para um outro problema que pode ser gerado por esses produtos. “Todo medicamento deve ser utilizado apenas com prescrição médica e avaliado de forma acurada pelo farmacêutico. Por mais que esses produtos tenham origem natural, além de todos os riscos citados anteriormente, podem, inclusive, produzir interações medicamentosas com remédios nos casos de pacientes que estejam tratando alguma doença”, finaliza. 

*Com informações da Assessoria de Imprensa do IDOMED

Milena Alves

Recent Posts

Fiocruz desbrava a Antártica em busca de novos vírus

O programa Fioantar, conduzido pela Fiocruz, deu início a uma nova etapa nesta quarta-feira (20).…

5 horas ago

OMS: veja as novidades sobre Simpósio, G20 e Mpox

No dia 13 de dezembro de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização…

6 horas ago

Ação tem levado saúde a comunidades isoladas no Baixo Tapajós

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) está liderando uma importante missão para…

2 dias ago

Brasil e OMS se unem pela eliminação do câncer cervical

O câncer do colo do útero, terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil, tem…

2 dias ago

Diabetes: + de 800 milhões de casos e 450 milhões sem acesso

O diabetes tem se tornado uma preocupação crescente no cenário global. Segundo dados divulgados pela…

2 dias ago

Alice Saúde: o plano empresarial com menor reajuste do mercado

Os custos com planos de saúde empresariais são uma das principais despesas das empresas no…

2 dias ago

This website uses cookies.