Ações do setor de educação despencavam nesta segunda-feira, 14, após a notícias veiculadas na mídia apontarem que o Ministério da Educação (MEC) desconhece como irá cumprir a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a respeito dos cursos de medicina. O MEC ainda não saberia informar quantos cursos devem ser interrompidos com a determinação de que a que criação de cursos de medicina particulares devem atender exigências previstas no Mais Médicos.
Às 13h33 (de Brasília), as ações da Yduqs (BVMF:YDUQ3) lideravam as perdas do Ibovespa, com queda de 10,96%, a R$21,37. As ações da Ser Educacional (BVMF:SEER3) recuavam 6,98%, a R$5,73, as da Ânima (BVMF:ANIM3) desabavam 19,17%, a R$3,88 e as da Cogna (BVMF:COGN3) registravam queda de 2,13%, a R$3,21.
“Vemos a notícia como negativa para as empresas de educação, demonstrando uma fragilidade maior nos seus segmentos de medicina, onde a Secretaria responsável pela regulação aparenta ter pouca credibilidade para manter o surgimento de novas vagas de medicina contidas, gerando riscos ao segmento, onde seus diferencias que garantiam uma alta rentabilidade às companhias estão ameaçados”, aponta a Ativa Investimentos.
A Ativa Investimentos lembra que as vagas nos cursos de medicina possuem um ticket médio elevado, taxa de ocupação próxima a 100% e baixa evasão.
“As vagas de medicina são as mais desejadas pela iniciativa privada. Para se ter uma ideia, em um período recente com uma atividade de M&A aquecida no setor de educação, os cursos de medicina foram avaliados em cerca de R$2 milhões/vaga”
Segundo a Ativa Investimentos, as exposições aos cursos de medicina da Ser Educacional ficam em torno de 76% do Ebitda, para a Ânima de 46% do resultado operacional, para a Yduqs 30% do Ebitda e Cogna 19% do Ebitda.
Texto de Jessica Bahia Melo para The Investing.com
Deixe uma resposta