A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é considerada um tipo de alergia comum, principalmente entre as crianças, porém, é importante que os pais fiquem em alerta quanto aos sintomas, pois por meio da suspeita, o especialista consegue realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
A imunologista, alergologista e pediatra Carmen Lara Costa, do Hospital Adventista de Belém, explica que esse tipo de alergia acontece como uma resposta do organismo a este tipo de proteína. “A alergia a proteína do leite de vaca ocorre comumente na infância, cerca de 2 a 6% por cento dos casos são confirmados como alergia, e nada mais é do que uma reação imunológica que ocorre dentro do sangue quando o organismo não reconhece a proteína do leite de vaca como um alimento que seja benéfico pro organismo. Como consequência ele vai produzir uma reação inflamatória que é o que nós chamamos de reação alérgica contra a proteína do leite”, afirma.
Sintomas
De acordo com a médica, os pacientes podem apresentar sintomas como:
- Sintomas gastrointestinais como dor abdominal, cólica, diarreia;
- Falta de ganho de peso;
- Reações urticariformes – reações papilares na região corporal que são acompanhadas de prurido ou coceira intensa;
- Sintomas respiratórios como tosse, falta de ar, nariz escorrendo e entupido.
Diagnóstico e tratamento
A especialista pontua que o diagnóstico é baseado na anamnese, ou seja, em uma entrevista entre o médico e paciente. Além de exame físico, e exames como os testes alérgicos.
Segundo a especialista, em um primeiro momento, o tratamento começa com a retirada do leite da alimentação do paciente, em que será feita uma substituição deste alimento. “O tratamento da alergia já consiste na exclusão do alimento. Quando o médico alergista desconfia que é o leite, exclui o leite de vaca da dieta, e nós trocamos por um outro leite que seja de proteína vegetal ou leites que são preparados para esse fim, que são leites extensamente hidrolisados, em que a proteína do leite de vaca é quebrada em moléculas muito pequenas que o organismo não reconhece como uma proteína estranha”, comenta.
A médica ressalta que após um período, é possível inserir o leite novamente na alimentação, mas essa é uma questão individual. “Depois de algum tempo, e isso é muito variado de paciente para paciente, nós conseguimos reintroduzir progressivamente a proteína do leite de vaca. Então, cerca de 85% por cento das crianças, por volta dos quatro anos de idade estão tolerando a proteína do leite de vaca”, conclui.
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