Com o intuito de perder peso rapidamente, muitas pessoas buscam formas e métodos de emagrecimento que, em alguns casos, podem oferecer sérios riscos à saúde. Os remédios para emagrecer estão entre essas alternativas. O uso indevido dessa prática se torna perigoso quando não é recomendado por um especialista.
A endocrinologista Flávia Cunha explica que o tratamento com esses medicamentos devem ser orientados por um profissional da área para não não haja efeitos contrários do esperado. “Os medicamentos emagrecedores devem sempre ser prescritos por um médico com experiência no tratamento da obesidade, e o paciente que usa esse tipo de medicamento deve ter um acompanhamento médico muito próximo para que eventuais efeitos colaterais ou adversos possam ser detectados e tratados de forma rápida. Muitos medicamentos são propagandeados como ‘medicamentos para emagrecimento’ quando na verdade não foram testados para esse efeito ou, pior, podem emagrecer às custas de colocar a saúde do paciente em risco”, afirma.
De acordo com a especialista, os medicamentos testados e aprovados para o emagrecimento podem ser benéficos para a saúde porque, além de emagrecer, podem melhorar parâmetros de saúde como pré-diabetes, resistência insulínica, hipertensão arterial, níveis de colesterol e triglicerídeos e gordura no fígado, por exemplo. Além de benefícios psíquicos óbvios do emagrecimento como melhora do bem estar, autoestima e autoconfiança.
Segundo a médica, esses medicamentos são indicados em algumas situações e não somente para pessoas que querem perder poucos quilos. “Não costumamos indicar medicamentos para quem quer emagrecer 2 ou 3 quilos por exemplo. A indicação de usar medicamentos para emagrecer é em casos de sobrepeso importante ou obesidade, ou seja, quando a pessoa tem muitos quilos para perder. Nesses casos, sabemos que o caminho é mais longo e que o medicamento pode ser um grande aliado no tratamento do emagrecimento”, destaca.
A médica detalha que os remédios aprovados para emagrecimento são muito seguros quando bem indicados, mas não estão isentos de efeitos colaterais. “O que acontece é que muita gente se automedica e quando tem alguma reação não sabe como tratar. Além disso, como muitos medicamentos são vendidos como ‘medicamentos para emagrecimento’, mas não são de fato aprovados para emagrecer. O uso deles pode ser perigoso e pode causar problemas graves de saúde como aumento da pressão e arritmia por exemplo”, pontua.
A especialista explica quais são as principais orientações para uma pessoa que quer emagrecer de forma saudável. “Para que o emagrecimento ocorra, é preciso haver balanço negativo de calorias, ou seja, o paciente deve ingerir menos calorias do que o seu corpo gasta ou o contrário: o paciente deve gastar mais calorias do que ingere. Por esse motivo é que uma boa alimentação e exercícios físicos são indicados em qualquer estratégia de emagrecimento. E os medicamentos ajudam a criar esse balanço negativo através de redução do apetite, ou redução da absorção de determinados componentes da comida ou melhora do metabolismo. É importante também o controle do estresse e das emoções, pois muitas pessoas descontam esses sentimentos na comida. E é importante que se durma bem, pois muitos hormônios que atuam no emagrecimento são liberados durante o sono. Ou seja, o emagrecimento saudável envolve um cuidado geral na qualidade de vida do indivíduo, vai muito além de dietas e exercícios”, finaliza.
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