Dados levantados pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) revelaram que mais de 40% dos clientes de planos de saúde usam o Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação é o serviço mais utilizado pelo público, representando 49,3%. O estudo foi realizado com mais de mil usuários da saúde suplementar do Brasil.
Apesar de ter plano de saúde, muitos consumidores acabam recorrendo à rede pública quando precisam de especialistas (19,7%), emergência (11,8%), medicamentos (11,4%) e exames (5,5%), segundo o levantamento.
O atributo mais valorizado pelos clientes de planos de saúde é a agilidade do atendimento (24,2%), seguido por facilidade de autorização de procedimentos (15,4%). Só depois vêm rede de hospitais credenciada (14,4%), serviços oferecidos (11,1%) e rede de profissionais (10,9%).
Segundo o presidente da Anab, Alessandro Acayaba de Toledo, a procura dos clientes de planos de saúde está relacionada à dificuldade de acesso. “Em determinadas situações a UPA pode ser mais perto de que um serviço da rede credenciada e há quem não tem dinheiro nem para o ônibus. Outra questão é a disponibilidade do serviço. O fato é que a pandemia aumentou em mais de 80% a preocupação das pessoas com acesso aos serviços de saúde e mantém os planos entre os três maiores desejos dos brasileiros, quanto mais velhos maior a importância atribuída à saúde suplementar. Isso é comprovado pelos números da Agência Nacional de Saúde (ANS) que registram um aumento de mais de um milhões de usuários no setor durante a pandemia”, afirmou.
Apesar da importância atribuída à manutenção de um plano de saúde ter crescido para 80% dos usuários, a pesquisa mostra que metade não está disposta a pagar a mais pelo serviço. Mais de 90% dizem que pretendem manter seu contrato como está. Ao serem questionados sobre mudar de plano usando a portabilidade, que permite levar o período cumprido de carência para o novo contrato, quase 70% dizem que não há a menor chance de fazê-lo.
Segundo a pesquisa, na média geral, o uso mensal é feito 27,4 dos brasileiros; 27% utilizam os serviços semestralmente; 20% a cada dois meses; e 15%, anualmente.
Fonte: O Globo
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