Hortas Hospitalares: Um Espaço de Cura e Humanização - FRONT SAÚDE

Hortas Hospitalares: Um Espaço de Cura e Humanização

Foto Divulgação

Cinco hospitais públicos do Pará mantêm hortas hospitalares ativas, que aliam a produção de alimentos saudáveis a práticas de reabilitação e humanização voltadas a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)  e comunidades do entorno. As iniciativas estão presentes no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua; no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém; no Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves; no Complexo Hospitalar dos Caetés (CHC), em Capanema; e no Hospital Geral de Tailândia (HGT), no nordeste paraense.

O Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) administra as unidades hospitalares em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Juntos, eles reafirmam um modelo de gestão centrado nas necessidades dos pacientes, com foco na sustentabilidade, no acolhimento e no cuidado humanizado. As hortas, implantadas pelas equipes, também promovem a consciência ambiental e valorizam a agricultura familiar, celebrada no mês de julho.

Reabilitação e bem-estar no Metropolitano – No HMUE, a horta tem duas funções fundamentais. A primeira é que a produção de hortaliças compõe a alimentação hospitalar; já a segunda fortalece as atividades de humanização voltadas a pacientes em internação prolongada. O espaço, em revitalização, recebe contação de histórias, plantio de mudas e outras práticas interativas.

Justina Moraes, de 49 anos, participou da atividade com o filho Fernando, de 11 anos. “Para mim é uma completa felicidade ver o meu filho sorrindo e feliz depois de tanto sofrimento. Sou grata pela assistência recebida aqui no Metropolitano. Tenho certeza que ele vai sair dessa”.

Já no Hospital Regional Público do Marajó, em Breves (HRPM) abriga a maior horta hospitalar livre de agrotóxicos da rede estadual. São 180 m² com cultivo tradicional, hidropônico e sistema de compostagem. Oficinas de cultivo doméstico são oferecidas a pacientes, acompanhantes e colaboradores.

Além do mais foi reconhecido pelo Prêmio “Amigo do Meio Ambiente”, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o projeto reforça o compromisso socioambiental do hospital.

Cláudia Helena Gama Corrêa, paciente do HRPM, comentou: “É mais saudável para nós. Nem sabia que julho é dedicado à agricultura familiar, mas agora entendo a importância”.

No Hospital Geral de Tailândia (HGT), a horta é mantida pelas equipes de Sustentabilidade e de Nutrição e Dietética, com cultivo de cheiro-verde, couve, alface, pimenta, entre demais hortaliças usadas na cozinha hospitalar. A equipe de Fisioterapia também conduz visitas sensoriais com pacientes internados.

O espaço passa por reestruturação, com inclusão de pergolado e chafariz, para assim promover o bem-estar dos pacientes.

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR)  Entre 2023 e 2025, beneficiou 361 famílias com alimentos cultivados na horta mandala, localizada no Jardim Sensorial. Além da distribuição de hortaliças e mudas, a iniciativa promove orientações sobre cultivo doméstico, e com isso estimula a segurança alimentar e a inclusão.

Maria Rocha, relatou a experiência que teve: “Estava caminhando e resolvi visitar. Tirei fotos, ganhei mudas e achei lindo o trabalho que o CIIR desenvolve com os usuários”.

Educação ambiental e alimentação de qualidade nos Caetés 

 O Complexo Hospitalar dos Caetés (CHC), iniciou o projeto de horta hospitalar em 2022 e foi revitalizado em 2024. Serve como espaço terapêutico e também para o abastecimento da unidade com ervas e hortaliças.

O Hospital Regional Público de Castanhal (HRPC), integrante do CHC, destaca-se no programa Green Kitchen: alcançou o PIN 5 em 2024, máxima pontuação em sustentabilidade e qualidade da alimentação hospitalar.

Fonte: Ascom Sespa