
Dados da Pesquisa IPC Maps de 2024 mostram que, no ano passado, as famílias brasileiras gastaram impressionantes R$ 215,8 bilhões com medicamentos — um aumento de 9,5% em relação a 2023.
Ainda que o consumo seja bilionário, você sabe qual tipo de medicamento está comprando? Conhecer as diferenças entre eles pode ajudar a economizar e garantir o tratamento mais eficaz.
MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA: O INOVADOR
Este é o primeiro medicamento desenvolvido para tratar uma determinada doença. Ele passa por anos de pesquisas e testes clínicos rigorosos para comprovar sua eficácia e segurança.
Por ser o primeiro, tem proteção de patente por um tempo (geralmente 20 anos), o que explica seu preço mais alto. Exemplos comuns incluem remédios como “Viagra”.
MEDICAMENTO GENÉRICO: O “CLONE” APROVADO
Quando a patente do medicamento de referência expira, outras empresas podem produzir versões genéricas. Eles devem conter:
- O mesmo princípio ativo (a substância que age no corpo);
- Na mesma quantidade;
- Com a mesma forma (comprimido, cápsula, etc.);
- E comprovar que têm o mesmo efeito no organismo (via testes de bioequivalência).
A diferença está nos excipientes (substâncias inertes que ajudam na forma do remédio) e no preço – até 35% mais barato!
Eles não têm nome de marca, apenas o nome do princípio ativo. Um exemplo bem conhecid: “paracetamol” em vez de “Tylenol”.
MEDICAMENTO SIMILAR: O “PRIMO” COM MARCA
Parecido com o genérico, mas tem nome comercial (como “Dorflex” ou “Neosaldina”).
A grande diferença é que, até pouco tempo, muitos similares não precisavam provar que funcionavam igual ao de referência.
Hoje, os similares intercambiáveis (que têm um selo da Anvisa) passam pelos mesmos testes dos genéricos. Se não tiver esse selo, pode não ser tão confiável.
BIOSSIMILARES: OS “GENÉRICOS” DE REMÉDIOS COMPLEXOS
Enquanto genéricos copiam remédios comuns (feitos em laboratório químico), biossimilares copiam medicamentos biológicos (feitos a partir de células vivas, como insulina e vacinas).
Por serem mais complexos, não são idênticos, mas devem ter efeito muito parecido. São usados para doenças como diabetes, artrite e câncer.
FITOTERÁPICOS: REMÉDIOS NATURAIS
Feitos apenas com plantas medicinais (como chá de camomila industrializado).
Diferente de chás caseiros, eles têm dose e efeito comprovados, um exemplo: “Acheflan” (anti-inflamatório de erva-baleeira).
DINAMIZADOS: HOMEOPÁTICOS E ANTROPOSÓFICOS
São remédios diluídos muitas vezes (como os da homeopatia). Não têm princípio ativo detectável cientificamente, mas são usados por quem acredita em seus efeitos energéticos.
POR QUE ISSO IMPORTA?
- Genéricos e similares intercambiáveis são seguros e mais baratos.
- Similares sem selo podem não funcionar tão bem quanto o original.
- Biossimilares são uma esperança para tratamentos caros.
- Fitoterápicos são naturais, mas não servem para tudo.
Na dúvida, sempre pergunte ao farmacêutico ou médico antes de trocar um remédio!
Fontes: Anvisa 01, 02, 03, 04 e 05, Portal do Butantan e Medicina S/A
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