A relação perigosa entre refrigerantes e diabetes tipo 2
Exemplos de bebidas adoçadas, os refrigerantes
Exemplos de bebidas adoçadas, os refrigerantes

A relação perigosa entre refrigerantes e diabetes tipo 2

Uma recente pesquisa publicada na revista Nature Medicine revelou que o consumo de bebidas açucaradas está relacionado a 2,2 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e 1,2 milhão de casos de doenças cardiovasculares anualmente.

Esses números alarmantes representam quase 10% dos diagnósticos globais de diabetes e são responsáveis por 340 mil mortes anuais.

DIABETES E DOENÇAS CARDÍACAS: NÚMEROS QUE ASSUSTAM

As bebidas adoçadas, como refrigerantes e sucos industrializados, são digeridas rapidamente, causando picos nos níveis de açúcar no sangue.

Esse processo frequente leva ao ganho de peso, resistência à insulina e problemas metabólicos graves.

O estudo apontou que, em 2020, essas bebidas foram ligadas a quase 10% dos casos de diabetes tipo 2 e 1 em cada 30 novos diagnósticos de doenças cardiovasculares.

REGIÕES MAIS IMPACTADAS E O CASO BRASILEIRO

Os dados mostram que a América Latina e o Caribe, incluindo o Brasil, apresentam os maiores índices de impacto.

Nessa região, 24% dos novos casos de diabetes e 11% das doenças cardiovasculares estão associados ao consumo de bebidas açucaradas.

No Brasil, os óbitos por problemas cardíacos representam 30% das mortes, enquanto o diabetes matou mais de 750 mil pessoas entre 2010 e 2021.

INTERVENÇÕES GLOBAIS E TAXAÇÃO COMO SOLUÇÃO

Medidas como a implementação de impostos mais altos para bebidas adoçadas, como no caso do México, mostraram uma redução significativa nos índices de consumo e doenças relacionadas.

O Brasil também adotou uma medida semelhante, prevista para 2026, com a expectativa de resultados positivos semelhantes.

OS PRÓXIMOS PASSOS

Pesquisadores alertam que são necessárias campanhas de conscientização e regulamentações urgentes para frear o consumo de bebidas adoçadas.

Como afirmou Laura Lara-Castor, coautora do estudo: “Precisamos de intervenções baseadas em evidências para reduzir o consumo global de bebidas açucaradas antes que mais vidas sejam perdidas”.

Fontes: G1 e Correio Braziliense