SUS amplia acesso ao tratamento do Parkinson e Demência
Homem com dificuldade de beber devido à doença de Parkinson
Homem com dificuldade de beber devido à doença de Parkinson

SUS amplia acesso ao tratamento do Parkinson e Demência

O Ministério da Saúde anunciou a inclusão da rivastigmina no SUS para pacientes com demência associada à Doença de Parkinson.

Essa medida, pactuada durante a 11ª Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), permitirá que mais de 33 mil pessoas em todo o Brasil tenham acesso a esse medicamento, que já era utilizado para tratar Alzheimer.

A ação amplia as possibilidades de tratamento na rede pública, trazendo mais qualidade de vida aos pacientes.

O QUE É A DOENÇA DE PARKINSON?

O Parkinson é uma condição neurológica progressiva que afeta os movimentos e está associada à morte de células na substância negra do cérebro, responsáveis pela produção de dopamina. Os principais sintomas incluem:

  • Tremores em repouso;
  • Rigidez muscular;
  • Lentidão nos movimentos;
  • Alterações na postura, na fala e na escrita.

Embora não haja cura, os tratamentos disponíveis buscam retardar o avanço da doença e melhorar os sintomas, proporcionando mais autonomia ao paciente.

DEMÊNCIA: UM DESAFIO COGNITIVO

Demência é um termo genérico para condições que causam declínio progressivo das funções cognitivas e alterações comportamentais, interferindo na independência do paciente.

No caso do Parkinson, ela pode surgir como um agravante, dificultando ainda mais o dia a dia.

No Brasil, as principais causas de demência incluem o Alzheimer, demência vascular e, agora destacada, a demência associada ao Parkinson.

RIVASTIGMINA: COMO ELA ATUA?

A rivastigmina é um medicamento que age preservando as funções cognitivas e retardando os sintomas de declínio mental.

Para pacientes com Parkinson e demência, ela se torna uma aliada fundamental, permitindo maior independência em atividades cotidianas.

Além disso, o SUS já oferece outros tratamentos para o Parkinson, como:

  • Medicamentos para controle de sintomas motores;
  • Implantes de eletrodos para estimulação cerebral;
  • Sessões de fisioterapia e terapia ocupacional;
  • Suporte com fonoaudiologia para dificuldades de fala.

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

Detectar o Parkinson ou demências associadas exige acompanhamento médico detalhado.

O diagnóstico do Parkinson é feito com base no histórico clínico e no exame neurológico, enquanto para a demência podem ser necessários testes complementares para avaliar funções cognitivas e comportamentais.

Identificar essas condições precocemente é essencial para que os tratamentos disponíveis sejam iniciados e os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida.

CUIDADO INTEGRAL E IMPACTO SOCIAL

Além dos benefícios diretos para os pacientes, a ampliação do acesso ao tratamento impacta positivamente os cuidadores e famílias.

As condições neurodegenerativas não afetam apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional de todos ao redor.

A inclusão de novos medicamentos no SUS reforça o compromisso com a equidade e a qualidade no atendimento à saúde.

Fontes: Ministério da Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde e Linhas de Cuidado