A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) está liderando uma importante missão para atender 18 aldeias indígenas no Pará, gravemente afetadas pela seca extrema e queimadas.
Com uma equipe composta por médicos, enfermeiros e técnicos, a iniciativa busca oferecer cuidados médicos e suporte às comunidades Borari e Arara, que enfrentam dificuldades devido à drástica baixa nos rios da região.
ESFORÇO CONJUNTO EM TERRITÓRIOS ISOLADOS
Em parceria com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o Ministério da Saúde enviou insumos para abastecer oito polos-base no Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei Guatoc).
Segundo Rodrigo Stabeli, coordenador da FN-SUS, a operação é desafiadora, cobrindo 325 mil quilômetros quadrados e 40 etnias, e exigirá deslocamentos por terra, água e ar, incluindo trajetos em que será necessário carregar canoas.
IMPACTOS DA CRISE CLIMÁTICA NAS COMUNIDADES
A estiagem e as queimadas afetaram severamente a subsistência e a saúde das comunidades indígenas.
As mudanças hidrográficas prejudicaram a pesca e outras práticas culturais essenciais.
Para mitigar esses impactos, as equipes também estão prontas para emergências, com helicópteros e uma aeronave-UTI disponíveis para remoção de casos complexos.
ATENDIMENTOS MÉDICOS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Os profissionais oferecem consultas médicas, atendimentos de pré-natal e visitas domiciliares.
Ações educativas, como orientações sobre Covid-19 e viroses, também estão sendo realizadas.
Caciques locais, como Mário Cardoso Ferreira, reconhecem os avanços na relação entre o SUS e as comunidades indígenas, destacando a importância do apoio da FN-SUS.
RESULTADOS E PERSPECTIVAS
Desde setembro, o Ministério da Saúde tem monitorado e respondido às emergências climáticas em estados como Acre, Amazonas, Pará e Roraima.
Além de garantir a capacidade de assistência local, o objetivo é desenvolver planos de resposta para situações emergenciais de saúde pública.
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