Duas estudantes de engenharia biomecânica do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Minas Gerais, Beatriz Scárdua e Thayana Lucero, ambas de 22 anos, estão prestes a revolucionar o cuidado de pacientes de longa internação com seu inovador “leito antiescara”.
O projeto, inicialmente idealizado pelo médico intensivista Pedro Paulo Silva, foi aprimorado pelas universitárias e está em vias de ser testado clinicamente.
COMBATE ÀS ESCARAS
As escaras, também conhecidas como úlceras de pressão, são lesões que surgem em pacientes acamados devido à pressão constante do corpo contra a superfície do leito, interrompendo o fluxo sanguíneo da pele.
O leito antiescara desenvolvido por Beatriz e Thayana visa redistribuir essa pressão, prevenindo a formação dessas dolorosas e perigosas feridas.
TECNOLOGIA PARA O BEM-ESTAR DOS PACIENTES
O projeto, que passou por diversas etapas de desenvolvimento e aperfeiçoamento, agora funciona com um sistema pneumático silencioso, ideal para o ambiente hospitalar.
O leito é composto por dois conjuntos de colchões, um fixo e um móvel, que se alternam conforme intervalos programados, ajustando-se automaticamente segundo os dados específicos do paciente fornecidos via um aplicativo desenvolvido pelas estudantes.
PRIMEIROS TESTES E EXPECTATIVAS FUTURAS
Durante a Feira Tecnológica do Inatel, visitantes testaram o leito e ajudaram a ajustar a velocidade de subida e descida dos colchões.
Embora os resultados iniciais sejam promissores, o próximo passo é obter a aprovação do Comitê de Ética da Universidade do Vale do Sapucaí para realizar testes clínicos em pacientes internados. Esse teste comparará a evolução das lesões em pacientes usando o leito antiescara com aqueles em leitos comuns.
UM FUTURO PROMISSOR
A professora orientadora do projeto, Luma Rissatti, destaca que, embora ainda haja etapas a serem concluídas antes da produção em larga escala, há grande potencial para que o leito antiescara se torne um produto amplamente utilizado em hospitais e clínicas pelo Brasil.
“Somente após a validação do projeto é que a produção será escalada. Mas há ótimas perspectivas sobre o projeto se tornar um produto e se espalhar pelos hospitais e clínicas do país, ajudando a evitar esse problema tão grande das escaras”, afirma Rissatti.
Fonte: UOL
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