Quem nunca sentiu dor de cabeça, que atire a primeira pedra. Conforme a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE), no Brasil, mais de 30 milhões de pessoas sofrem com essa enfermidade.
No mundo, a enxaqueca atinge 1 bilhão de pessoas e é a 6ª doença crônica que mais incapacita, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o neurologista Dr. Antônio de Matos, existem mais de 200 classificações diferentes para dores de cabeça, sendo que 90% da população já teve, tem ou terá desenvolvido algum sintoma da doença.
No Brasil, 15% da população sofre da forma crônica da doença e as mulheres são o grupo mais vulnerável para as cefaleias devido às variações hormonais, principalmente no período menstrual.
Estima-se que cerca de 20% das mulheres sofram de dor de cabeça. Dessas, 10% apresentam a forma mais grave da doença, com dores quase diárias, a chamada enxaqueca crônica.
O Dr. Antônio de Matos explica que as cefaleias são classificadas em dois tipos:
- Primárias: não são provocadas por outras doenças e as causas ainda não estão bem esclarecidas, como enxaqueca, enxaqueca com aura, estresse e tensão;
- Secundárias: são as dores de cabeça provocadas por outras doenças como tumor, aneurisma, otite, sinusite, intolerância alimentar e problemas na coluna.
Dr. Antônio destaca que hábitos simples podem ajudar a evitar que as cefaleias primárias sejam um problema. Se uma pessoa tem uma vida saudável com prática de atividades físicas, alimentação balanceada, dorme bem e evita o tabagismo, ela diminui as chances de contrair qualquer tipo de dor de cabeça.
Já as cefaleias secundárias podem ser provocadas por ordem progressiva ou originadas por outras doenças, sendo o tumor a mais comum em dores de cabeça mais progressivas.
Esse tipo de cefaleia não melhora com o tempo e dura mais de 48 horas. Neste caso, é necessário ter atenção e um acompanhamento mais profundo do problema.
E as cefaleias primarias?
A mais comum é a cefaleia tensional pode ser confundida com enxaqueca. O tratamento preventivo com medicamentos é recomendado para casos mais complexos, quando a frequência da dor é intensa e deve ser acompanhada por um médico.
Para o médico, identificar qual a causa do problema é preciso alguns exames, especialmente doenças mais graves, como tumores, derrames e aneurisma cerebral.
“A dor de cabeça pode ser, sim, um indício de aneurisma, mas isso só quando apresenta um início súbito, rapidamente progressivo e diferente das dores de cabeça habituais. Por isso, é necessário que o paciente esteja sempre com os seus exames em dia, a fim de eliminar qualquer tipo de doença grave do diagnóstico”, finaliza o neurologista.
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