A Campanha de Vacinação contra a Influenza, conhecida como gripe, começará na região amazônica a partir desta segunda-feira (13). Pela primeira vez, a campanha é lançada antes do inverno amazônico, estendendo-se até 15 de dezembro de 2023, com o dia 25 de novembro designado como o dia “D” de mobilização para a vacinação.
O principal propósito é conter complicações, internações e mortes derivadas das infecções pelo vírus da influenza na população-alvo, não apenas no Pará, mas em todos os Estados da Região Norte. Anualmente, a vacinação ocorria de maneira simultânea em todo o país, geralmente entre os meses de abril e junho, o que atrasava a chegada da vacina à população amazônica, quase no final do período chuvoso.
A gripe é uma infecção viral que ataca os pulmões, nariz e garganta, com sintomas como febre, calafrios, dores musculares, tosse, congestão, coriza, dores de cabeça e fadiga.
Segundo Jaíra Ataíde, coordenadora estadual de Imunizações da Sespa, a vacinação representa a melhor estratégia de prevenção contra a Influenza, promovendo imunidade durante o período de maior circulação dos vírus. Ela destaca que a vacina reduz a gravidade da doença, as internações e o número de óbitos, especialmente em indivíduos com fatores de risco.
A vacina de 2023, produzida pelo Instituto Butantan e ofertada pelo SUS, protege contra três vírus respiratórios: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B, contribuindo significativamente para reduzir o impacto desses vírus.
Além disso, a vacina ajuda a proteger os grupos mais vulneráveis, evitando doenças graves associadas à gripe, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e impedindo complicações em quadros de doenças pré-existentes que podem levar à morte.
Os grupos prioritários incluem idosos, profissionais de saúde, crianças, gestantes, indígenas, professores, pessoas com comorbidades, entre outros. Uma novidade na estratégia de vacinação apresentada pelo Ministério da Saúde é o Microplanejamento, uma ferramenta destinada a fortalecer e ampliar o acesso à vacinação nos municípios, considerando suas realidades locais.
A antecipação da Campanha na região Norte atende a uma antiga demanda dos secretários estaduais de Saúde e levou em conta fatores geográficos, densidade populacional e composição etária, determinando novos padrões de vacinação.
A campanha engloba as esferas federal, estadual e municipal do SUS, requerendo integração entre vigilância epidemiológica e atenção primária à saúde para seu sucesso.
O início antecipado desta campanha representa um marco para a região, marcando uma transição para um modelo de vacinação mais alinhado com as particularidades e necessidades da Amazônia. É uma estratégia preventiva essencial, especialmente antes do aumento da circulação do vírus durante o período chuvoso.
Fonte: Agência Pará
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