O ator australiano Chris Hemsworth, conhecido por seu papel como o super-herói “Thor” na série de filmes da Marvel, enfrentou uma mudança significativa em seu estilo de vida aos 40 anos.
Isso ocorreu depois que ele descobriu ter uma predisposição genética para a doença de Alzheimer durante as filmagens da série de documentários “Limitless with Chris Hemsworth”, produzida pelo canal Nat Geo e focada em longevidade.
Os resultados do teste genético realizado em novembro do ano passado revelaram que Hemsworth possui duas cópias do gene APOE e4, uma mutação associada a um aumento de 8 a 12 vezes no risco de desenvolver Alzheimer. Embora essa predisposição genética não garanta o desenvolvimento da doença, aumenta significativamente as chances.
Como resposta a essa descoberta, Hemsworth tomou medidas para melhorar sua proteção contra o Alzheimer, fazendo ajustes em sua rotina diária. Ele passou a priorizar um sono mais consistente, evitando telas uma hora antes de dormir e dedicando mais tempo à leitura antes de deitar. Ele também se concentrou em controlar seus pensamentos e ser mais consciente, afastando-se da conversa interna.
Além disso, Hemsworth adaptou sua rotina de exercícios, reduzindo a frequência de levantamento de pesos e incorporando mais exercícios cardiovasculares e de resistência em vez de sessões intensas de musculação.
Por fim, o ator expressou seu desejo de equilibrar melhor sua vida pessoal e profissional, especialmente tendo em vista seus filhos e o rápido ritmo das mudanças no mundo. Ele deseja aproveitar o presente e estar mais presente em sua vida cotidiana.
A ciência já demonstrou que a adoção de um conjunto de comportamentos saudáveis pode ajudar a reduzir o risco de Alzheimer na população em geral. Um estudo recente publicado na revista Neurology, conduzido por pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Mississippi, nos Estados Unidos, revelou que essas mudanças de hábitos também podem beneficiar aqueles que têm mutações genéticas associadas à doença.
O estudo analisou mais de 10.000 indivíduos ao longo de três décadas, com uma idade média de 54 anos no início do estudo. Os resultados mostraram que a adoção de um conjunto de sete práticas simples, conhecido como “Os 7 Simples da Vida” e recomendado pela Associação Americana do Coração para uma melhor saúde cardiovascular, pode reduzir o risco de demência em até 43%, mesmo para pessoas com predisposição genética.
Adrienne Tin, pesquisadora do Centro Médico da Universidade do Mississippi e autora do estudo, explicou que “essas práticas saudáveis dos ‘7 Simples da Vida’ estão associadas a um menor risco de demência em geral, e a boa notícia é que, mesmo para pessoas com alto risco genético, a adoção desse estilo de vida mais saudável reduz o risco”.
As sete práticas para reduzir o risco de Alzheimer em até 43% incluem manter-se fisicamente ativo, adotar uma alimentação saudável, evitar o excesso de peso, não fumar, manter a pressão arterial sob controle, controlar os níveis de colesterol e monitorar a glicose no sangue.
O estudo mostrou que quanto mais dessas práticas as pessoas adotam e quanto mais consistentes são em segui-las, maior é a redução no risco de demência, incluindo o Alzheimer.
Fonte: O Globo
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