Veja como a baixa autoestima influencia no desenvolvimento e afeta o convívio social infantil

A autoestima é definida como uma forma ou modo sobre com uma pessoa se vê ou se sente em relação a sua própria imagem. Essa é uma questão muito importante para ser levada em consideração em todas as fases da vida porque por meio dela é possível sentir mais segurança, felicidade e até mesmo garantir a saúde emocional. Para as crianças, a psicologia explica que, em casos de baixa autoestima, isso pode influenciar no desenvolvimento e até mesmo refletir no seu convívio social.

A psicóloga Roberta Rios explica que a autoestima é um dos pilares para o desenvolvimento saudável de uma criança. “Uma criança que consegue se relacionar bem com o outro, ela precisa ter essa autoestima fortalecida. A autoestima não é simplesmente ‘eu gostar de mim’, a autoestima tem a ver com alguns pilares: autoimagem, autoconfiança, autodisciplina, capacidade de se comunicar, resiliência. Então, esses pilares impactam diretamente no convívio com o outro”, pontua.

De acordo com ela, uma criança que não se sente capaz, não consegue se relacionar bem com outras crianças, por exemplo. Com a autoestima baixa, a criança pode ter prejuízos no seu convívio social. “A criança precisa estar fortalecida na sua autoestima para se relacionar com seus pares de maneira saudável. Senão, o que pode acontecer? Pode acontecer da criança se submeter a situações, por exemplo, de humilhação com outras crianças, pode ser alvo mais fácil de bullying, desencadeando vários problemas e várias situações difíceis”, ressalta.

Segundo Roberta, as crianças podem demonstrar por meio de alguns sinais que estão com a autoestima baixa e cabe aos pais perceber e dar atenção ao que elas estão sentindo. “Os pais vão perceber nessa criança sinais como, por exemplo, uma autoimagem distorcida, ‘ah eu sou feia, eu sou sempre feia, sempre os outros são mais bonitos do que eu, ou eu sou burra, eu nunca dou conta de fazer nada’, então, uma auto depreciação é verbalizada quando a criança, às vezes, ela simplesmente se nega. Se nega a brincar com outra criança porque não se sente capaz, se nega a tentar algo um pouco mais desafiador porque ela acha que não vai conseguir, né? Então, é um descrédito em si mesmo, essa autoimagem distorcida e dificuldade de se relacionar com outras crianças, dificuldade, às vezes, de se relacionar inclusive com os familiares, outros adultos”, afirma.

É importante lembrar que, nesses casos, os pais procurem ajuda de um especialista pois, nem sempre os pequenos se sentem à vontade para conseguir relatar o que estão sentindo.

A especialista diz que os pais podem ajudar a fortalecer a autoestima das crianças por meio de algumas ações:

  • Ajudar em uma tarefa escolar sem utilizar palavras ofensivas;
  • Perceber o esforço feito pelo caminho percorrido pela criança em casa ou na escola;
  • Praticar atividades de casa junto com as crianças e ensinando elas sobre como deve ser feito;
  • Fazer elogios sinceros à criança;
  • Não desmerecer a imagem da criança;
  • Oferecer ferramentas que possam mostrar as crianças que elas consigam melhorar atitudes do dia a dia e que elas são capazes de realizar tais atividades.
Milena Alves

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