Tire as suas dúvidas sobre prótese peniana
Modelo de prótese peniana
Modelo de prótese peniana

Tire as suas dúvidas sobre prótese peniana

O dispositivo é indicado para o tratamento da disfunção erétil e oferece diversos benefícios, mas ainda tem muita desinformação sobre seus efeitos

A busca por opções que aumentem o desempenho sexual cresce a cada dia. De acordo com um estudo da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 50% dos homens acima de 40 anos sofrem de disfunção erétil.

A prótese peniana surgiu como uma solução eficaz para esse problema, trazendo benefícios significativos.

Desde a questão estética até a melhora da vida sexual, essa tecnologia inovadora é implantada no corpo por meio de cirurgia e pode tratar condições como a Doença de Peyronie.

Por outro lado, a desinformação envolvendo o implante peniano ainda atinge grande parte da população, com muitos mitos sendo divulgados na internet.

O QUE É A CIRURGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRÓTESE PENIANA?

O procedimento é considerado simples e apresenta um alto índice de sucesso. Ele envolve um pequeno corte no tecido para a implantação da prótese no pênis, com duração de duas a três horas e sob anestesia local ou geral, dependendo do caso.

Em geral, o paciente recebe alta no mesmo dia. Após quatro a seis semanas, ele pode retomar as atividades sexuais. O pós-operatório pode incluir treinamento para o uso adequado do dispositivo.

O implante peniano maleável é o tipo mais comum, mantendo o pênis em um estado constante de rigidez.

Já o modelo inflável simula o processo natural, retornando à flacidez após a atividade sexual. O tipo articulado, embora mais flexível, é pouco utilizado, pois pode comprometer a rigidez do órgão.

POR QUE O HOMEM BUSCA O IMPLANTE PENIANO?

O objetivo da prótese peniana é melhorar o desempenho sexual dos homens, que pode ser afetado por diversos fatores.

As causas da disfunção erétil variam, incluindo o uso de certas substâncias, doenças genéticas ou adquiridas ao longo do tempo.

A Doença de Peyronie, por exemplo, é uma condição que aumenta a curvatura do pênis, dificultando a relação sexual se não for tratada. É uma das doenças mais comuns tratadas com a prótese.

Alguns homens podem apresentar deficiência de testosterona. Problemas cardiovasculares, como diabetes e hipertensão, também estão entre as possíveis causas. O consumo de álcool, cigarro e drogas pode impactar o desempenho sexual.

Cirurgias de próstata e reações a determinados medicamentos são outras causas potenciais de disfunção erétil.

Além disso, questões psicológicas, como ansiedade, baixa autoestima e estresse, também podem influenciar.

Por outro lado, alguns homens optam pelo implante por motivos estéticos, visando melhorar sua imagem na sociedade.

QUAL A EFICÁCIA?

A cirurgia de prótese peniana é considerada eficaz e está associada a altos índices de satisfação entre os pacientes.

O Dr Paulo Egydio, que realizou mais de 10 mil implantes, reforça que os homens relatam melhorias na vida sexual após o procedimento.

O implante peniano oferece vantagens tanto para o desempenho sexual quanto para a qualidade de vida em geral.

Essa cirurgia é considerada inovadora e é utilizada em várias partes do mundo.

DEIXA O PÊNIS MAIOR?

O aumento do tamanho peniano é um dos mitos mais comuns em torno da prótese. No entanto, o dispositivo afeta somente a rigidez, mantendo a forma original do pênis.

Apesar de não aumentar o tamanho, a cirurgia pode melhorar a aparência do pênis, principalmente em casos de curvatura acentuada. A técnica Egydio é uma alternativa eficaz para corrigir a estrutura do órgão.

AFETA A SENSAÇÃO DE PRAZER?

A sensação de prazer não é afetada pelo uso da prótese peniana. O procedimento visa apenas substituir o processo de obtenção de rigidez, sem interferir nos nervos responsáveis por essa percepção.

Vale mencionar que a sensação de prazer durante o ato sexual está ligada à atividade cerebral. O implante peniano é uma operação simples, que não afeta outros sistemas do corpo.

COMPROMETE A EJACULAÇÃO E FERTILIDADE?

A cirurgia não interfere na quantidade ou qualidade da ejaculação. O aumento da rigidez pode até intensificar as sensações, com efeitos positivos para a autoestima e o desempenho sexual.

O procedimento não afeta o sistema responsável pelo transporte do sêmen, preservando a fertilidade do paciente.

DOENÇA DE PEYRONIE

A Doença de Peyronie causa uma deformação anormal no pênis, aumentando sua curvatura, que pode tomar a forma de um “L” em casos graves. Isso torna a relação sexual difícil ou até impossível.

Essa condição é causada pela inflamação do tecido, que perde elasticidade com o tempo. Nesses casos, a prótese peniana é uma solução comum para corrigir a curvatura e restaurar a rigidez necessária para o ato sexual.

A EREÇÃO É PERMANENTE? PODE SER PERCEBIDA FORA DO ATO SEXUAL?

Isso depende do modelo utilizado. A prótese maleável confere um nível de rigidez constante ao pênis, sendo prática e com baixa necessidade de substituição. Para o ato sexual, basta posicioná-la na direção desejada.

Para aqueles que buscam discrição em momentos casuais, o modelo inflável simula o processo natural de ereção.

O paciente pode manipular a prótese para que o pênis fique rígido apenas durante o sexo. Contudo, há o risco de vazamento.

A PRÓTESE DEVE SER TROCADA?

Com os devidos cuidados, a maioria dos pacientes pode utilizar a prótese a longo prazo, muitas vezes por toda a vida, sem a necessidade de substituição. A manutenção pode ser útil, mas isso varia conforme o caso.

A prótese maleável tende a durar mais devido à sua estrutura mais simples. Já o modelo inflável, embora também tenha alta durabilidade, pode apresentar risco de vazamento por conta da presença de líquido em sua composição.

De acordo com um estudo recente publicado no Journal of Sexual Medicine, 50% das próteses infláveis apresentam falhas em até 20 anos.

O implante peniano é considerado um método eficaz e seguro, sendo um importante aliado no tratamento da disfunção erétil.

Com os cuidados adequados, desde o pré até o pós-operatório, ele proporciona benefícios duradouros com um baixo risco de complicações.

texto de Júlia Neves