Desde o início da pandemia, os especialistas defendem que a testagem em massa é essencial para controlar o avanço da Covid-19. Seja para identificar como pessoas que estão com os vírus ativos, para então isolar e tratar o paciente, seja para contribuir com estudos sobre a doença. Porém, com tantos testes disponíveis, surgem dúvidas sobre o tipo que deve ser feito em cada momento.
Por se tratar de uma pandemia, todos os testes foram aprovados na Anvisa sem qualificação. Somente em julho do ano passado o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, que é da Fiocruz, começou a estuda-los, fazer a validação. Quarenta desses testes já foram reprovados e retirados do mercado, depois da qualificação e de terem sido usados pela população.
O site da Anvisa tem a relação dos testes aprovados e a dos considerados não conformes (reprovados). Uma situação preocupa os especialistas: algumas famílias adquirem kits na internet importados, ou seja, não possuem validação da Anvisa e, portanto, não oferecem qualquer segurança sobre os resultados.
Tipos de testes
RT-PCR
Considerado o padrão ouro para diagnosticar a Covid-19, o RT-PCR constata a presença do material genético do Sars-Cov-2 na amostra do paciente. O material de escolha para análise é a secreção respiratória, colhida no nariz e na garganta por meio do swab , instrumento semelhante a um cotonete.
O exame tem alto grau de confiabilidade, acima de 90%, e dificilmente apresenta um resultado falso positivo. Os laudos costumam sair em até dois dias. Está disponível na rede pública de saúde (mediante pedido médico), nos atendimentos hospitalares privados e nas principais redes de laboratórios privados. Custa em média R$ 250.
PCR-Lamp
É também um teste molecular, só que mais barato, avançado e de rápido resultado para a detecção de coronavírus, e que pode ser comprado diretamente pelo consumidor final. Assim como o RT-PCR, ele identifica o RNA do vírus nas células da pessoa infectada desde a fase inicial. A sua eficácia pode chegar a 99%. Pode ser feito em casa.
Há um laboratório com o teste PCR-Lamp disponível no Brasil. A compra é feita pela internet e após receber o kit de coleta e realizar a coleta, o paciente agenda pelo próprio site a retirada do conteúdo por um biocondutor que o levará para o laboratório. Não é necessário pedido médico. O resultado sai em 24h e custa em torno de R$170,00
POCT-PCR
Da mesma forma que os outros dois tipos de PCR, esse aqui também mapeia a presença de vírus ativo por meio da secreção coletada via um swab nasal. Sua principal diferença é o tempo do resultado, que sai em minutos por conta do reagente utilizado. O grau de confiança atinge o patamar de mais de 90%.
Em geral é adotado pelos laboratórios hospitalares nos casos em que é preciso agilizar uma conduta clínica dentro do hospital para tratar casos principalmente mais graves e de maior comprometimento da vida. Não é comercializado para o público.
Imunológico por sorologia
Por meio de uma amostra de sangue analisada em laboratório, é detectado não a presença do vírus vivo, mas sim de anticorpos. É indicado para descobrir se houve uma exposição prévia ao vírus. Está disponível na rede pública de saúde e nas principais redes de laboratórios privados. O resultado é emitido de 1 a 3 dias e o preço médio é de R$150 a R$200.
Testes rápidos
São exames que detectam se o paciente adquiriu anticorpos para o vírus. Eles são feitos com uma picada no dedo da pessoa que vai ser testada ou com uma coleta tradicional de sangue em laboratório. A amostra vai para um pequeno dispositivo, semelhante a alguns dos tipos de testes de gravidez ou de glicemia. Leva de 10 a 30 minutos para mostrar o resultado, e é indicado apenas em pessoas que apresentam sintomas há pelo menos 7 dias.
No entanto, a maioria dos testes rápidos existentes possuem sensibilidade e especificidade muito reduzidas em comparação as outras metodologias. O Ministério da Saúde aponta que os testes rápidos apresentam uma taxa de erro de 75% para resultados negativos. É feito na rede de farmácias e o preço varia de R$100 a R$200.
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