Dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) apontam que cerca de 2 milhões de brasileiros sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O aumento nos diagnósticos tem gerado debates sobre as causas desse crescimento, com algumas pessoas questionando até a existência da condição ou sua banalização.
Anaísa Leal Barbosa Abrahão, doutora em Psicologia pela USP, explica que o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por desatenção, desorganização, hiperatividade e impulsividade.
Segundo ela, esses sintomas geralmente começam na infância, mas podem persistir na vida adulta. “Ainda não existe um consenso definitivo sobre a origem do TDAH”, afirma Anaísa.
Anaísa alerta para o risco de diagnósticos falsos positivos. Em uma pesquisa realizada na USP em 2022, apenas três de 43 crianças diagnosticadas com TDAH preencheram os critérios para o transtorno ao serem submetidas a escalas específicas.
A pesquisa também revelou um uso generalizado de metilfenidato, principal medicamento para TDAH, sem melhorias significativas nos sintomas.
Gustavo Pires, conselheiro federal de Farmácia, alerta sobre os riscos da automedicação e da banalização dos medicamentos. “O uso indiscriminado e sem orientação pode ser fatal”, diz Gustavo, destacando a importância de uma abordagem multidisciplinar para um diagnóstico e tratamento adequados.
O dimesilato de lisdexanfetamina, medicamento usado no tratamento do TDAH, agora tem sua primeira versão genérica disponível no Brasil. Produzido pela Pharlab, o genérico é 35% mais barato do que o medicamento de referência, Venvanse. A caixa com 30 cápsulas será comercializada em três dosagens: 30 mg, 50 mg e 70 mg.
A produção do genérico começou em junho de 2024, após a expiração da patente do Venvanse. Este desenvolvimento pode ampliar o acesso ao tratamento, tornando-o mais acessível para muitos pacientes.
O processo de aprovação do genérico pela Anvisa durou seis anos. Em 2018, a Pharlab iniciou o desenvolvimento da molécula e submeteu o pedido de registro em 2020. Com o lançamento do genérico, espera-se uma melhora na adesão ao tratamento entre pacientes com TDAH, devido ao custo reduzido do medicamento.
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