Os estados do Amapá, Roraima e Pará, na região Norte do Brasil, registraram um aumento significativo nas internações de crianças pequenas devido a vírus respiratórios nas últimas seis semanas.
Esta tendência foi destacada no Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na última quinta-feira (18).
O boletim revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) identificados são causados principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
O VSR tem sido um dos principais responsáveis pelas internações, afetando principalmente bebês nos primeiros meses de vida.
A infecção por VSR pode evoluir para bronquiolite, uma condição que começa com sintomas comuns como febre e tosse, mas que pode rapidamente se transformar em um quadro grave de cansaço e insuficiência respiratória.
Além dos estados do Norte, a Fiocruz também relatou um aumento nas internações por infecções respiratórias causadas por vírus influenza, VSR e rinovírus na maioria dos estados do Sudeste, com exceção do Rio de Janeiro.
No entanto, no panorama nacional, a tendência é de queda nos casos de SRAG.
A covid-19 continua circulando em níveis baixos no país, mas é a principal causa de internação por SRAG entre os idosos e a segunda maior causa de mortes por SRAG.
A análise da Fiocruz aponta um leve aumento da atividade da covid-19 em alguns estados do Norte e Nordeste, com destaque para Ceará, Piauí e Amazonas.
A Fiocruz reforça a necessidade de vacinação contra a covid-19 e a influenza para todas as pessoas elegíveis.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o VSR foi responsável por 38,8% das internações por SRAG, seguido pelo Influenza A (21,5%), covid-19 (8,7%) e Influenza B (1%).
Em relação às mortes, o Influenza A foi a principal causa, com 40,7% dos casos, seguido pelo Sars-CoV-2 (26,2%).
Em 2024, o Brasil registrou 97.469 casos de SRAG, com 47.401 (48,6%) casos confirmados laboratorialmente para algum vírus respiratório, sendo o VSR o maior causador, com 45% das notificações.
Há cerca de 7,6 mil casos aguardando resultado laboratorial. No que diz respeito a mortes, foram registradas 5.982, com 3.243 (54,2%) confirmadas para algum vírus respiratório.
A covid-19 foi responsável por 55% dos óbitos.
Para se proteger contra essas infecções respiratórias, é essencial:
Fonte: Agência Brasil
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