O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um acordo interfederativo que estabelece novas regras para a concessão de medicamentos não incluídos na lista de dispensação do Sistema Único de Saúde (SUS) por via judicial.
A decisão foi celebrada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (17).
Conforme o novo entendimento, só será possível obter medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não incorporados ao SUS, em casos excepcionais e mediante comprovação de seis requisitos cumulativos.
A decisão do STF exige que a concessão judicial de medicamentos não inclusos no SUS seja pautada por critérios rigorosos.
Para que o remédio seja concedido, é necessário provar que ele foi negado pelo órgão público responsável e que a não-inclusão do medicamento nas listas do SUS tenha sido ilegal.
Além disso, o solicitante deve demonstrar que não há outro medicamento equivalente disponível no SUS e que a eficácia e segurança do remédio solicitado foram comprovadas cientificamente.
Outros fatores, como a impossibilidade financeira de adquirir o medicamento, também são levados em consideração.
Durante a cerimônia, a ministra Nísia Trindade destacou a importância de fortalecer o SUS de maneira sustentável, especialmente em tempos de emergências sanitárias frequentes.
Segundo ela, a nova regulamentação equilibra o direito à saúde com a necessidade de garantir a sustentabilidade do sistema, evitando o uso desproporcional de recursos em ações judiciais que, em muitos casos, não são comprovadamente benéficos.
A judicialização da saúde tem sido um desafio crescente para o Sistema Único de Saúde.
Por meio de ações judiciais, pacientes têm conquistado o direito ao fornecimento de medicamentos não inclusos no SUS, o que acaba deslocando recursos significativos destinados a políticas públicas mais abrangentes.
Com o novo acordo, o governo espera que o processo de incorporação de novos medicamentos ao SUS, realizado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), seja mais eficiente e inclusivo, garantindo tratamentos eficazes e acessíveis a todos.
Outra iniciativa relevante é a criação de uma plataforma pública para consultas sobre demandas judiciais e administrativas relacionadas a medicamentos.
Utilizando dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), a plataforma permitirá que pacientes monitorem o andamento de seus processos e decisões judiciais, promovendo mais transparência e acessibilidade.
Fonte: Ministério da Saúde
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