Com uma área construída de aproximadamente 100 mil m² no bairro da Bela Vista, em São Paulo, além de um hospital de alta complexidade em Brasília, o Hospital Sírio-Libanês atende mais de 60 especialidades e conta com mais de 500 leitos. A instituição alia um corpo clínico multidisciplinar a tecnologias de última geração. Ao longo dos anos, acumulou conquistas pioneiras, como a inauguração da primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil, em 1971, e a participação na primeira tele cirurgia guiada por robô realizada no hemisfério Sul, em 2000.
Pioneiro no uso de tecnologia, com o auxílio do time AWS Professional Services, em 2018 o hospital iniciou a migração de diversos workloads para a nuvem AWS e a criação de um Data Lake. O processo possibilitou o desenvolvimento de uma série de novas aplicações e serviços, como o prontuário eletrônico para atenção primária; um novo portal para pacientes; um aplicativo – o Adma – para usuários de planos de saúde que utilizam seus serviços; e a criação de uma plataforma de telemedicina, entre outros.
Com o movimento, todos os produtos digitais criados pela área de tecnologia do hospital a partir de 2018 já nasceram dentro da AWS. Se, de um lado, o hospital ganhou agilidade no tempo de desenvolvimento e entrega de soluções, de outro viu crescer a complexidade do ambiente e a necessidade de ampliar o controle, já que os custos da nuvem cresciam acima do orçamento. O coordenador de excelência operacional do Sírio-Libanês, Vitor Bellot, lembra que, no final de novembro de 2022 o Sírio-Libanês cria a vertical de tecnologia Alma com o propósito de inspirar e impulsionar o ecossistema, fomentar o empreendedorismo, acelerar o desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias, produtos e promover conexões em prol de uma vida plena e digna para todos. Iniciando assim uma nova etapa de evolução para o CCoE, que o principal desafio era ter uma visão abrangente do que era o ambiente cloud da instituição.
Daí veio a decisão de reestruturar o Centro de Excelência em Cloud (da sigla em inglês, CCoE) que centralizasse as informações sobre os ativos digitais do hospital e seus custos, simplificando o seu gerenciamento.
Oportunidade | Uma solução em evolução
De acordo com Bellot, a evolução do CCoE começou em dezembro de 2022 com a reestruturação das bases, entendimento do que havia na nuvem e o planejamento de como gerenciar tudo. Para isso, um dos primeiros passos foi a realização de um assessment do ambiente, feito pelo time AWS.
O trabalho identificou cerca de 65 produtos digitais implementados na nuvem. Para ampliar o controle, a AWS criou 10 dashboards operacionais que hoje acompanham a operação de cada um desses produtos com o viés de gestão. Estes dashboards permitem que a área de TI do hospital tenha uma visão de ROI sobre os produtos colocados na nuvem. Esta iniciativa permitiu a identificação de 26 oportunidades de redução de custo, geradas pelo redimensionamento da infraestrutura para acomodar melhor as aplicações.
Outra ação proposta pela AWS foi a utilização de tagueamento automático, que eliminou 622 horas de trabalho necessárias para taguear cerca de 219 mil recursos. Esta ação gerou uma visão de qual seria a fatura de cada produto, permitindo ratear os custos pelas áreas usuárias e trazendo uma visão acurada de qual o custo de cada produto que está operando na nuvem. Outro resultado foi a geração de um KPI de custo por usuário.
Estas ações deram origem a uma estratégia de controle do orçamento anual, na qual a AWS, com base no orçamento para o próximo ano e nas demandas, estabelece uma estratégia de uso da nuvem, permitindo ao Sírio saber se suas estimativas estão dentro da variação real. “É um processo que está ocorrendo há seis meses e evoluindo. Com menos de três meses de trabalho começamos a obter resultados”, afirma Bellot, ressaltando que hoje seu time sabe exatamente o que precisa ser executado, com uma visão clara do roadmap e segurança para colaborar, acelerar projetos e informar à instituição.
Solução | Mais transparência e menos custos
O Product Owner do CCoE no Sírio-Libanês, Geison Rodrigues, diz que a implementação do centro mudou também a cultura da instituição, que hoje não o vê como um fornecedor de infraestrutura, mas como uma área de negócios capaz de avaliar os riscos e impactos da indisponibilidade de produtos e ativos digitais. “Hoje temos uma visão de negócios que vai além dos ativos digitais, indo até a receita do hospital”, afirma.
Um dos pontos destacados por Rodrigues é o ganho em maturidade de governança. Ele lembra que, em uma escala de 1 a 4 em nível de maturidade em relação a padrões de mercado, o trabalho da AWS encontrou algumas áreas com pontuação 2 e 3. Isso permitiu traçar objetivos, como o de chegar ao final de 2023 sem nenhuma área com pontuação abaixo de 3. Ele explica que são seis pilares medidos: negócio, pessoas, governança, plataforma, segurança e operação. “Hoje somente plataforma e segurança estão abaixo de 3. O maior crescimento foi na parte de governança, com 98%: em novembro de 2022 tínhamos 2,27 e hoje temos 4,17. O segundo mais expressivo foi em pessoas, com 30% de melhora”, lembra.
A área de segurança também foi reforçada com a atuação do CCoE, com a implementação de 12 automações e a redução de 82% de vulnerabilidades. Também os problemas de segurança críticos foram reduzidos em 53%, enquanto os demais foram reduzidos em 50%. “Antes do centro, não tínhamos transparência da postura de segurança e isso veio com um Dashboard com a visão de um CISO para tomada de decisão, e isso foi implementado agora. Também atualizamos o Control Tower, que garante que os ambientes sejam lançados de forma correta. Tínhamos 60 guard rails e hoje temos mais de 300”, revela.
Hoje, os dashboards de monitoramento do CCoE funcionam segundo o diagrama abaixo:
Próximos passos | Implementação de produtos em nuvem
Para Bellot, um dos principais ganhos trazidos pelo CCoE é o direcionamento correto para implementação de produtos em nuvem. “Hoje conseguimos orientar e gerir estes produtos e somos o único setor do hospital capaz de avaliar o quanto aquele produto está retornando”, diz, o que não é pouco quando se trata de 65 produtos digitais na nuvem e pelo menos duas novas iniciativas por mês. Essa capacidade de avaliação tem permitido ao hospital trabalhar parcerias com healthtechs, avaliando em quais produtos se deve investir diretamente. “Hoje temos um status executivo mensal com nossa diretoria. Essa reunião inclui todos os gerentes de TI e serve para apresentarmos os números e os resultados apresentados pela área”, diz.
Rodrigues destaca que, sem o auxílio da AWS, a curva de aprendizagem de seu time teria sido muito maior. “Levamos horas discutindo as métricas do hospital e as metas para os próximos anos e alinhando com o framework da AWS, que nos ajudou na tradução de nossas métricas para uma entrega de forma mais madura. Não foi só ajuda, mas dedicação”, diz.
O Sírio-Libanês é um centro de referência internacional em saúde que atende mais de 120 mil pacientes anualmente. Com hospitais em São Paulo e Brasília, atende mais de 60 especialidades e conta com mais de 500 leitos.
Fonte: Amazon Web Services
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