Dani Russo é uma paulista de 24 anos que é funkeira e youtuber com mais de 11 milhões de inscritos e mais de 13 milhões de seguidores no Instagram, que acaba sempre postando em seus stories, a sua vida pessoal e profissional. Mas em outubro ela sumiu por um tempo, o que preocupou seus fãs. Isso aconteceu porque ela tinha sido internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O motivo seria por causa da Síndrome do Pensamento Acelerado, do qual foi diagnosticada em 2021.
Mas o que seria essa síndrome? O primeiro diagnóstico foi realizado pelo psiquiatra e professor Augusto Cury, que o descreveu como uma mente cheia de pensamentos, o dia todo em que a pessoa estivesse acordada. Consequentemente, a pessoa não consegue se concentrar, aumenta a ansiedade e ainda causa insônia, prejudicando a saúde mental e física da pessoa.
A psicóloga e neuropsicóloga Roberta Rios, especialista em Saúde Mental explica que os pensamentos se misturam, acontece um aceleramento como se um pensamento atropelasse o outro na cabeça da pessoa. Mas ela destaca, “é importante a gente deixar claro que apesar de ser muito conhecida, a Síndrome do Pensamento Acelerado, não aparece no CID que é a Classificação Internacional de Doenças. Então acaba sendo a expressão de alguns transtornos como a ansiedade generalizada, transtorno bipolar, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, já que os sintomas são os mesmos”.
Os sintomas mais característicos dessa síndrome que pode fazer com que a pessoa fique irritada facilmente e ter certa intolerância ao ser contrariado, sempre insatisfeito e mudanças de humor repentina são:
Para tranquilizar os fãs, Dani Russo fez um story no quarto do hospital sendo medicada e explicando o que tinha acontecido com ela. Quando ela tem uma crise causada pela síndrome faz com que ela tenha dores de estômago, dificuldade para comer, vômitos e insônia. A psicóloga explica que existem diferentes níveis de pensamento. Tem a pessoa que tem um certo nível de aceleração, ansiedade, mas ainda pode ser funcional. E tem também o outro tipo, “quando isso deixa de ser funcional e começa a ser algo excessivo e atrapalha no desenvolvimento, na vivência do dia a dia da pessoa. Acaba impactando na qualidade de vida. É nesse momento em que a gente precisa cuidar e pedir ajuda para um profissional da saúde mental”.
A cantora descobriu a síndrome quando fazia tratamento para depressão e ansiedade, o que a ajudou a ser diagnosticada. Roberta cita que o mais importante é que a pessoa faça acompanhamento psicológico para fazer o tratamento de forma correta. E dá algumas dicas que podem ajudar no seu dia a dia, como por exemplo:
“Quando você faz anotações, você acaba transferindo da mente esse pensamento e colocando no papel, o que pode ajudar a aliviar um pouco.” A falta de um acompanhamento pode trazer sérios prejuízos cita Roberta: “pode vim ter uma vida disfuncional, que pode trazer prejuízos, tanto na vida pessoal, profissional, de relacionamento. Porque passa ser alguém que está sempre muito acelerado, que está sempre com muita dificuldade em conviver com o outro, ter que esperar, ter paciência, uma ansiedade muito grande. Tudo isso vai impactando”.
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