O Ministério da Saúde está mudando o jogo da vacinação contra o HPV no Brasil. Agora, a estratégia adotada será a aplicação em dose única, substituindo o antigo modelo em duas etapas. Essa decisão não só amplia a capacidade de imunização dos estoques disponíveis no país, como também fortalece a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. A mudança foi oficializada em Nota Técnica publicada nesta segunda-feira (1º), após referendo dos participantes da Câmara Técnica Assessora (CTAI) na última reunião do colegiado.
O objetivo primordial dessa nova abordagem é aumentar a adesão à vacinação e expandir a cobertura vacinal, com a meta de erradicar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública. Essa recomendação pela dose única foi fundamentada em estudos com evidências robustas sobre sua eficácia comparada às versões anteriores com duas ou três doses. Além disso, a estratégia está conforme com as diretrizes mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O público-alvo continua sendo composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos, buscando protegê-los antes da exposição ao vírus. Esse grupo prioritário também abrange pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos.
A nota técnica também recomenda que estados e municípios realizem busca ativa para assegurar que jovens brasileiros de até 19 anos tenham acesso à vacina contra o HPV. Nesses casos, todas as pessoas dentro dessa faixa etária que não receberam uma ou duas doses do imunizante no período recomendado podem ser contempladas com o esquema em dose única. O Brasil segue assim o caminho de outros 37 países que já adotaram essa estratégia, alinhando-se com recomendações internacionais e buscando proteger positivamente a população contra o vírus HPV.
O ano de 2023 testemunhou um marco significativo na vacinação contra o HPV, com mais de 6,1 milhões de doses aplicadas. Esse número representa o maior desde 2018 e reflete um aumento de 42% em relação a 2022, quando foram aplicadas pouco mais de 4 milhões de doses. Esse avanço é resultado do esforço conjunto de estados e municípios, que se uniram ao Ministério da Saúde no Movimento Nacional pela Vacinação, revertendo a tendência de queda nas coberturas dos principais imunizantes do calendário estabelecido pelo PNI.
Fonte: Ministério da Saúde
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