O Ministério da Saúde anunciou, no início de maio, a incorporação de novas medicações e tratamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que, nos próximos cinco anos, mais de 14 mil pacientes recebam cuidados por meio da saúde pública.
Essas medidas beneficiam diretamente pessoas vivendo com aids, câncer de pulmão, crianças e jovens com asma, pacientes em cirurgias de retirada de câncer no cérebro e pessoas com doença de Crohn.
Na área da oncologia, foi incorporado o método de monitoramento de funções neuronais, conhecido pela sigla MION.
Esse procedimento auxilia a equipe médica durante cirurgias de retirada de câncer no cérebro, reduzindo o risco de lesões irreversíveis. A tecnologia, agora disponível no SUS, beneficiará 448 pacientes no primeiro ano e 747 até o quinto ano.
O medicamento durvalumabe foi incorporado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células estágio III irressecável.
Este medicamento é indicado para casos em que o tumor não pode ser removido cirurgicamente e não piorou após quimioterapia e radioterapia. A expectativa é tratar 36 pacientes no primeiro ano e 187 até o quinto ano.
O ministério também passará a oferecer o medicamento fostensavir trometamol 600mg para pacientes adultos multirresistentes infectados pelo HIV.
Essa medicação é uma alternativa para aqueles que não conseguem reduzir a carga viral com os antirretrovirais atualmente disponíveis. Espera-se beneficiar 72 pacientes no primeiro ano e aproximadamente 769 até o quinto ano.
Foi ampliado o uso do medicamento mepolizumabe 100mg/mL para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com asma eosinofílica grave refratária.
Já utilizado em adultos, este medicamento visa reduzir crises e o agravamento da doença, melhorando a qualidade de vida dos jovens pacientes. A previsão é atender 22 pacientes no primeiro ano e 110 até o quinto ano.
Para pacientes com doença de Crohn, foi incorporado o monitoramento da calprotectina fecal no intestino.
Esse biomarcador ajuda no diagnóstico e monitoramento da atividade inflamatória, oferecendo uma alternativa menos invasiva aos exames tradicionais. A expectativa é atender 10.974 pacientes no primeiro ano e 12.331 até o quinto ano.
Fonte: Ministério da Saúde
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